quarta-feira, 14 de novembro de 2012

UNIVERSIDADES PORTUGUESAS NOS “RANKINGS” INTERNACIONAIS


Começa a ser dado destaque internacional a algumas das universidades portuguesas, as quais integram “rankins” de qualidade onde figuram as melhores escolas do Mundo. No caso das notícias que seguidamente se reproduzem as classificações são elaboradas pelo SCImago e uma outra pelo Financial Times.


Portugal tem sete universidades entre as 700 melhores do mundo a nível de publicação científica, mais uma do que em 2011. De acordo com o ranking da SCImago, quase todas as instituições nacionais conseguiram melhorar a sua prestação, verificando-se um crescimento constante da produção do sistema científico nacional ao longo de quase a última década.
No top-700 desta lista, a novidade é a entrada da Universidade do Minho, que é aquela que apresenta um maior crescimento entre as nacionais. A instituição de ensino superior sediada em Braga e Guimarães subiu 60 lugares no ranking, passando agora a ocupar a posição 684, mercê da publicação de 4824 artigos científicos.
Na parte alta da tabela estão outras seis universidades portuguesas, sendo que a do Porto continua a ser a melhor. A instituição portuense está em 270.º lugar, 28 acima face à lista de 2011, tendo contabilizadas 11.159 publicações. Seguem-se a Universidade Técnica de Lisboa (que passou de 307.º para 294.º), Universidade de Lisboa (522.º para 511.º) e Universidade de Coimbra (541.º para 531.º). Entre as principais instituições nacionais, a Universidade de Aveiro é a única que não melhora a sua prestação, mantendo a 550.ª posição. Entre as melhores está ainda a Universidade Nova de Lisboa, que ocupa a posição 662, ganhando 27 lugares.
Esta é a terceira vez que a SCImago produz este ranking, que se baseia em dados quantitativos relativos a publicações e citações de artigos, contabilizando os anos 2006 e 2010. Portugal coloca 29 instituições nesta lista, da qual constam 3290 universidades e centros de investigação a nível mundial. Ao todo, os investigadores nacionais publicaram, no período em análise, 70.355 artigos, mais 19 mil do que no relatório do último ano. Se a comparação for feita a uma década, tendo como ponto de comparação a lista de 2009 que contemplava artigos produzidos desde 2003 -, as instituições nacionais conseguem incluir mais 33 mil publicações científicas na lista.
Este ranking é liderado este ano pelo Centro Nacional de Investigação Científica, de França, que contabiliza mais de 202 mil publicações no período em análise. Seguem-se a Academia Chinesa de Ciências que liderava a lista no ano passado -, a Academia Russa das Ciências e a Universidade de Harvard.


Algumas universidades portuguesas são já presença constante nos ‘rankings' internacionais liderados pelas melhores do mundo, escalando posições apesar da sua pequena dimensão quando comparadas com as congéneres estrangeiras, e mostrando que a formação é uma área onde o país tem reconhecimento internacional.
O maior destaque vai para as escolas de negócios, que se posicionam cada vez melhor na avaliação que é feita internacionalmente da sua formação de executivos. E são já três as universidades que têm as suas ‘business schools' entre as melhores do mundo. A Católica-Lisbon School of Business and Economics foi a primeira a entrar no ‘ranking' da formação de executivos do Financial Times, onde já está há seis anos consecutivos, aparecendo, este ano, no 46º lugar. A Nova School of Business and Economics entrou, pela primeira vez em 2011, e subiu já 11 posições, estando agora na 47ª. Também a Universidade do Porto conseguiu estrear-se, em 2011, no ‘ranking' da formação customizada para as empresas, repetindo, em 2012, o feito e alcançando o 64º lugar.
A nível mundial, os espanhóis dão cartas com a IESE no primeiro lugar. Em segundo, fica a HEC Paris e, em terceiro, a suíça IMD. Os três lugares do pódio pertencem, assim, a escolas europeias. Só em quarto surge a americana Harvard Business School. Aliás, nos dez primeiros lugares deste ‘ranking', seis são escolas europeias (duas espanholas, duas francesas, uma suíça e uma britânica), três são norte-americanas e uma é a brasileira Fundação Dom Cabral. Nota-se, assim, uma predominância no ‘top ten' das escolas europeias em relação às norte-americanas.
Estas escolas têm vindo a alargar a sua actuação à Ásia, mais concretamente a Singapura, fazendo com que este mercado ganhe peso. É o caso do francês Insead (10º lugar), do norte-americano Center for Creative Leadership (6º), da Universidade de Chicago e da francesa Essec, que já estão nestes países. O peso da Ásia estende-se, assim, da economia à área da formação.
Mestrados também já são reconhecidos lá fora

Apesar da forte presença portuguesa na formação de executivos mundial, não é só nesta área que Portugal aparece nos ‘rankings' internacionais.

As universidades Nova e Católica surgem no ‘ranking' do FT dos mestrados em Gestão, em 50º e 64º lugar, respectivamente. A Católica-Lisbon School of Business and Economics surge ainda com uma óptima classificação no que se refere à empregabilidade, aparecendo no 4º lugar nos programas com melhores colocações no mercado de trabalho. A Nova School of Business and Economics aparece neste mesmo ‘ranking' com o mestrado em gestão internacional CEMS, leccionado em várias escolas europeias, que surge no honroso 3º lugar, e está também no ‘ranking' dos mestrados em Finanças pré-experiência, na 21ª posição, escalando oito em relação a 2011. Nos mestrados em Finanças a Nova é a única instituição portuguesa a marcar presença.
As portuguesas surgem ainda no ‘ranking' de 400 instituições de todo o mundo do "Times". São quatro, este ano, as portugueses que figuram no "Times Higher Education 2012": Aveiro e Porto, que se mantêm, e Minho que entra pela primeira vez.
Os rankings do FT

São a bitola para avaliar o prestígio das instituições de ensino superior de todo o mundo e a qualidade do seu ensino e formação. Entrar nos ‘rankings' do Financial Times é, desde logo, motivo de orgulho e reconhecimento internacional. Depois há que subir posições, o que se torna mais difícil no caso das universidades portuguesas devido à sua pequena dimensão. É também um óptimo cartão de visita para as universidades se darem a conhecer lá fora e atraírem estudantes estrangeiros.

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