A
divulgação de uma notícia que coloca os portugueses, dentro de 10 anos, com uma
probabilidade de ter cancro que ronda os 50% é, creio, uma informação que nos
surpreende e atemoriza.
As
áreas da saúde e da investigação vão ter de ter um papel fundamental no combate
a esta doença, daí que só os investimentos naquelas áreas e o sucesso dos
trabalhos que deles resultem, possam permitir-nos alguma esperança.
O
investigador Sobrinho Simões disse hoje que «daqui a 10 anos um em cada dois
portugueses» terá pelo menos um cancro, o que o leva a acreditar que «não vai
faltar dinheiro para a investigação nesta área».
«A indústria farmacêutica sabe também que isto é uma área extraordinária do ponto de vista económico, porque se metade da população tem cancro e se os tratamentos não são baratos isso é um estímulo para eles. Portanto, eu acredito que vai haver dinheiro. Estou com medo, mas acredito», acrescentou o diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).
Sobrinho Simões falava aos jornalistas no âmbito de um simpósio de lançamento da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, afiliada à congénere europeia (EACR ¿ European Association for Cancer Research).
«A indústria farmacêutica sabe também que isto é uma área extraordinária do ponto de vista económico, porque se metade da população tem cancro e se os tratamentos não são baratos isso é um estímulo para eles. Portanto, eu acredito que vai haver dinheiro. Estou com medo, mas acredito», acrescentou o diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).
Sobrinho Simões falava aos jornalistas no âmbito de um simpósio de lançamento da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, afiliada à congénere europeia (EACR ¿ European Association for Cancer Research).
Esta
associação pretende «ocupar um espaço que estranhamente continua vazio em
Portugal», o da coordenação da investigação multidisciplinar em cancro
(Portugal é dos raros países europeus sem qualquer estrutura deste tipo).
No entanto, apesar de ser «a coisa mais importante que aconteceu em Portugal nos últimos anos em termos de investigação em cancro» Sobrinho Simões receia que «[a nova associação] não funcione».
«Nós, em Portugal, somos muito bons a fazer os eventos e depois não somos tão bons a manter e a sustentar. É um dia muito feliz, mas é uma responsabilidade horrorosa», admitiu o investigador, um dos responsáveis pela criação da nova associação.
«O nosso objetivo é que Portugal passe a ser um nó nas redes de investigação e tratamento, mas para isso é preciso que os dois mundos, que costumam estar separados, o da investigação fundamental e o da clínica, passem a trabalhar em conjunto», sustentou.
Sobrinho Simões disse ainda que «a saúde tem condições excecionais para reter em Portugal os investigadores», por considerar que «no domínio da investigação em saúde e em cancro, há condições tão boas para oferecer aos investigadores como qualquer país europeu da nossa dimensão».
No entanto, apesar de ser «a coisa mais importante que aconteceu em Portugal nos últimos anos em termos de investigação em cancro» Sobrinho Simões receia que «[a nova associação] não funcione».
«Nós, em Portugal, somos muito bons a fazer os eventos e depois não somos tão bons a manter e a sustentar. É um dia muito feliz, mas é uma responsabilidade horrorosa», admitiu o investigador, um dos responsáveis pela criação da nova associação.
«O nosso objetivo é que Portugal passe a ser um nó nas redes de investigação e tratamento, mas para isso é preciso que os dois mundos, que costumam estar separados, o da investigação fundamental e o da clínica, passem a trabalhar em conjunto», sustentou.
Sobrinho Simões disse ainda que «a saúde tem condições excecionais para reter em Portugal os investigadores», por considerar que «no domínio da investigação em saúde e em cancro, há condições tão boas para oferecer aos investigadores como qualquer país europeu da nossa dimensão».
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