O
eventual aumento da produção de metano por efeito da cultura do arroz pode ter
de ser mitigada, mas não é previsível que o arroz deixe de ser um dos
principais alimentos consumidos pela humanidade. Daí que as sugestões com que
termina o estudo, que seguidamente se publica, possam ser importantes se
exequíveis!...
O
aumento da concentração de dióxido de carbono da atmosfera e o aumento da
temperatura leva a um aumento da libertação do gás metano nas culturas de
arroz.
Os
resultados dos investigadores do Trinity College Dublin e da Universidade da
Califórnia, reunindo dados proveniente na sua maioria da Ásia e da América do
Norte, demonstram que as culturas de arroz vão-se tornando mais adversas para o
ambiente à medida que a atmosfera continua a ser alterada na actual tendência.
Os
investigadores lembram a importância desta conclusão tendo em conta que os
arrozais são das principais fontes antropogénicas de metano no planeta.
Os
métodos estatísticos utilizados produzem dois padrões. Um identifica que uma
maior concentração de dióxido de carbono impulsiona a libertação de metano dos
arrozais e outro identifica que o aumento da temperatura diminui a
produtividade dos arrozais.
A
maior concentração de dióxido de carbono provoca uma maior produtividade nos
arrozais e consequentemente no metabolismo dos microorganismos que passam a
libertar mais gás metano. No entanto, o aumento de produtividade promovida pela
concentração de bióxido de carbono não tem a extensão do aumento na libertação
de metano. O aumento da temperatura contribui em sentido inverso, não tendo
impacto na libertação de metano e diminuindo a produtividade de arroz. O
balanço total destes factores traduz-se num aumento de libertação de metano por
quilo de arroz produzido.
Os
autores concluem que a crescente procura mundial de arroz torna cada vez mais
urgente a tomada de medidas de gestão para mitigar os efeitos descritos,
existindo diversas opções como a drenagem dos campos em épocas intermédias, a
utilização de fertilizantes alternativos, a utilização de variedades de arroz
mais tolerantes ao calor e ajustamento das épocas agrícolas.
Fonte: ScienceDaily
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