Esta foto é uma amostra de uma formação
sedimentar que se estende pelo local onde o robô Curiosity estava passando rumo
ao seu destino, uma região chamada Glenelg. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS]
A atenção dos cientistas da NASA
está centrada no planeta vermelho, uma vez que o “Curiosity” prossegue a sua
missão e vai enviando informação que, periodicamente vai sendo tornada pública.
A notícia que se reproduz seguidamente é mais um exemplo disso.
Amostras da atmosfera de Marte, recolhidas
pelo 'Curiosity' na cratera Gale - onde se encontra o vaivém -, revelam
que o planeta vermelho tem uma atmosfera 100 vezes mais ténue do que a da
Terra. Mas isto não foi sempre assim. Segundo os dados fornecidos pelo robô, o
planeta já teve água e uma atmosfera muito mais densa.
De acordo com um comunicado divulgado pela
NASA, Marte perdeu parte da sua atmosfera original devido a um processo físico
"que favorece a retenção de isótopos de certos elementos". Além
disso, a presença de metano é muito baixa, nalguns locais igual mesmo a
zero, pelo menos onde se encontra o robô, como explicaram os
cientistas.
Na sua próxima missão em Marte em 2014, a
sonda MAVEN (Mars Atmosphere and
Volatile Evolution) vai aprofundar este estudo no aspeto da
evolução da atmosfera do planeta.
Identificação de minerais e busca de sinais de vida
Utilizando avançados instrumentos que leva a bordo, o 'Curiosity' acaba de
analisar algumas amostras da atmosfera na cratera Gale, dados que permitiram
reforçar as teorias dos cientistas da missão, ' segundo os quais "o meio
ambiente marciano, num passado longínquo, pode ter sido muito diferente, com a
presença de água e de uma atmosfera mais densa", assinala a NASA.
Uma das tarefas do 'Curiosity' é estudar a presença de metano - que
pode ser de origem biológica ou não - na atmosfera de Marte, uma vez que
os dados obtidos nos últimos anos eram contraditórios. As
primeiras análises, feitas pelo robô com o seu espectómetro láser
TSL, permitiram afirmar que a presença deste precursor químico da
vida é insignificante. Ou, pelo menos na cratera, não é abundante, se é
que existe.
Nas próximas semanas, os cientistas começarão a analisar os compostos
orgânicos nas rochas e amostras do solo. A prioridade é identificar os minerais
associados à água e analisar os cabonatos.
Os primeiros resultados das análises de amostras do solo para verificar a
composição dos minerais indicam que são muito semelhantes aos basálticos de
origem vulcânica do Havai.
Em agosto, o 'Curiosity' iniciou uma missão de dois anos e meio em
Marte, com o objetivo de tentar provar se alguma vez existiu vida no
Planeta Vermelho.
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