A notícia que abaixo se publica, a
confirmar-se no terreno, seria um importante impulso na contenção do CO2
(dióxido de carbono), um dos gases que mais contribui para o efeito de estufa
que nos vai empurrando para um aquecimento global que, até hoje, não temos
conseguido travar.
Vamos continuar a estar atentos a este
tema, pois a Terra é o único planeta onde podemos viver e gostaríamos de o
transmitir às gerações que nos sucedem em condições de habitabilidade e
sustentabilidade mas, lamentavelmente, vai ser muito difícil atingir este
objectivo!...
A captura de carbono
é uma das muitas soluções propostas para controlar as emissões de CO2. Mas, até
agora, os métodos utilizados requeriam uma grande quantidade de energia para
libertar o carbono capturado, a partir do material de apreensão, para o armazenamento.
Investigadores acabaram de anunciar uma alternativa mais eficiente em termos
energéticos, mais barata e feita de materiais reutilizáveis.
No
centro da descoberta está um cristal chamado SIFSIX-1-Cu, cujos átomos formam
uma rede tridimensional, com furos que aprisionam o CO2 mas permitem que outras
moléculas o atravessem. Os materiais porosos são feitos de uma mistura de
elementos químicos orgânicos e inorgânicos na construção de uma classe
conhecida como Materiais Metal-Orgânicos (MOM).
Uma
das características do material que aumenta a hipótese da aplicação no mundo
real é a sua eficácia na presença de vapor de água. Isto oferece vantagens em
relação a outros métodos, em que o vapor de água normalmente interfere com a
captura de CO2.
Os
investigadores afirmam que o novo material tem o potencial de melhorar a
eficiência do processo de limpeza e de permitir menores gastos de energia.
O
material poderá ser usado na captura do carbono emitido por fábricas movidas a
carvão, na purificação de metano em poços de gás natural e no avanço da
tecnologia de carvão limpo.
“Eu
odeio usar a expressão sem precedentes, mas estamos perante algo sem
precedentes”, disse Mike Zaworotko, professor de Química na Universidade do Sul da Flórida.
Para
confirmar a descoberta, os investigadores realizaram simulações em
supercomputadores de vários centros de pesquisa. Estes incluíram testes no
Blacklight, um computador com larga capacidade de memória partilhada que simula
o comportamento de um pequeno número de moléculas de gás entre si e com os MOM.
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