Talvez
fosse tempo dos dirigentes políticos mundiais colocarem na agenda das suas
prioridades a problemática do aquecimento global, em vez de a transferir para
figuras de segundo plano que independentemente da boa vontade que possam ter,
acabam por não “decidir”, por não conseguir implicar os Estados que representam
em compromissos duradouros.
Se
outras razões não houvesse, -e há, entre as quais a nossa sobrevivência,
enquanto espécie, na Terra – talvez possam ver o problema pelo lado dos custos,
um furacão sai muito caro, multiplicar esse encargo n vezes é certamente
desaconselhável para qualquer economia!...
"Se
a temperatura aumentar um grau, a frequência dos furacões extremos vai
aumentar entre três a quatro vezes, e se o clima do planeta se tornar
dois graus mais quente, o número destes fenómenos será dez vezes
maior", previu Aslak Grinsted, do Instituto Niels Bohr, da
Universidade de Copenhaga.
"Isto
significa que vai haver um furacão do tipo do 'Katrina' de dois em dois
anos", em vez de vinte em vinte anos, como até agora, sustentou.
Investigações
anteriores tinham já constatado a ligação entre a frequência das
tempestades tropicais e os furacões com o aquecimento global.
O
furacão "Katrina", classificado com nível 5, relativo a ventos
com 280 quilómetros horários, devastou Nova Orleães em 2005, tendo sido o
desastre natural mais caro da história dos EUA, bem como o quinto mais
mortal.
"O
nosso modelo indica que um aquecimento em apenas 0,4 graus corresponde à
duplicação da frequência de furacões como o Katrina", especificou o
cientista.
O
estudo foi publicado nas Atas da Academia Americana da Ciência
("Proceedings of the National Academy of Science").
Lusa
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