terça-feira, 12 de março de 2013

ÁGUAS DO RIBATEJO E OS LIXOS


A notícia que seguidamente se publica faz-nos temer que, tal como aconteceu com a água, vêm aí novos e significativos aumentos do tarifário alusivo à recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU).
Há cerca de um ano a nossa Câmara Municipal aumentou aquele tarifário da forma que se indica no quadro seguinte. Valores que são cobrados junto com a facturação da água e do saneamento. Até hoje a empresa Águas do Ribatejo cobra aos seus clientes a tarifa RSU e depois reencaminha-a para as Câmaras Municipais, pois é às autarquias que incumbe a recolha e o pagamento do tratamento dos lixos domésticos.


O que não é crível supor é que, como é referido pelo Vice-Presidente do Conselho de Administração da empresa Águas do Ribatejo, também Presidente da Câmara Municipal de Benavente, é que o tarifário possa descer dos valores actualmente praticados pelos municípios. 
A opção de criar escala "ao negócio", ainda mais quando é necessário encontrar rapidamente um novo destino para os resíduos, parece-me ajustada. Fazê-lo através da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo é, talvez, o mais indicado, agora esconder dos munícipes o que vai suceder aos preços é seguramente a pior opção.
Os actuais líderes autárquicos - que vão abandonar o Poder este ano - têm legitimidade para tomar esta decisão, o que não podem é fazer crer que tudo vai ficar na mesma ou melhor, em todos os concelhos que integram aquela empresa, pois isso não vai ser verdade, vai desacreditar a empresa intermunicipal e os autarcas. E pior do que isso vai fazer com que aqueles que vierem a ser eleitos em 2013 fiquem desde logo identificados como menos capazes, pois ao contrário do que fora dito inicialmente, os preços daquele tarifário vão sofrer agravamento.
Assim espero que os actuais gestores daquela empresa tomem uma decisão, ou avançam com este processo tornando públicos os estudos económicos e qual a taxação a que os munícipes ficarão sujeitos ou deixam o processo decisório e a estratégia de comunicação para os vindouros.

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4 comentários:

  1. Como consumidora de água em salvaterra de magos, considero vergonhoso alguns factos que acontecem nesta terra, assim sendo:
    1- o valor pago por nós munícipes em Salvaterra de Magos é demasiado tendo em conta a 'bela' qualidade que a mesma apresenta aquando abrimos as torneiras

    2- mais uma vez as águas do Ribatejo no dia 9 fizeram saber (dias antes) que ia faltar a agua das 9:00 às 14:00. Eis qual é o nosso espanto houve água toda a manhã mas a partir das 15 nao havia pinga de água nas torneiras.

    Se querem aumentos na água então que passem de uma vez por todas a darem água de qualidade às pessoas. Nao me importo de pagar mas ao menos que pague POR ALGO BOM e não por algo :
    - que suja a roupa quando se põe a máquina a lavar,
    - que põe a nossa saúde em risco ao bebê-la
    - que faz irritações na pele aquando tomamos banho....etc etc etc

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    1. Boa noite. na reunião que tive oportunidade de ter, na companhia da Srª Presidente da Junta de Freguesia de Marinhais, com dirigentes desta empresa, um dos problemas que colocámos em cima da mesa foi precisamente o facto de a água vir por diversas vezes com coloração, em resultado da presença de sais metálicos que as análises dizem não ser nocivos para a saúde. Mas a presença destes sais causa naturalmente os problemas que refere.
      Foi-nos dito que o problema está já em vias de resolução pois vai ser feita em Salvaterra de Magos uma estação de Tratamento que vai permitir remover da água estes sais. A obra tem, ao que nos disseram, carácter prioritário, e vai servir esta freguesia e a dos Foros de Salvaterra. Brevemente será executada solução semelhante para Marinhais/Glória do Ribatejo.

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  2. Qual a relação que existe entre o consumo de água e a produção de RSU?? Nenhuma. Assim sendo não existe qualquer razão para indexar a taxa de recolha de RSU ao consumo de água. Existem dados estatisticos que tratam e relacionam a produção de RSU per cápita. Porquê não cobrar a taxa de recolha citada no texto em função do nº de pessoas do agregado familiar??

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    1. A sua observação é pertinente e de há muito defendo que também no consumo de água me parece "abusivo" ter um preço/m3 de água que cresce apenas com o consumo numa habitação, sem ter em linha de conta se nela vivem 2, 3, 4 ou mais pessoas.
      A penalização do preço/m3 visa "convidar" os consumidores a gastarem a menos, mas aquele preço devia ter indexado o número de consumidores por contadores, pois de outra forma é um castigo para as famílias mais numerosas. Infelizmente tem sido sempre assim e não conheço numa situação em que não seja esta a prática.

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