sábado, 30 de março de 2013

DEMASIADOS INCÊNDIOS FLORESTAIS


Num País, como os do Mediterrâneo, em que as condições não são particularmente favoráveis à produção agrícola e florestal, pois temos sérias limitações, quando comparados com os países do centro e norte europeu, no acesso à água, é crível aceitar que as condições climáticas favorecem a propagação e por vezes até a eclosão de incêndios florestais.
Ainda que não dispondo de dados rigorosos julgo poder afirmar que cerca de 30% do valor que a floresta poderia somar se perde em incêndios, o que diz muito sobre a importância de prevenirmos e termos comportamentos que evitem este flagelo.

Portugal foi o país do Mediterrâneo com o maior número de incêndios florestais e área ardida entre 2006 e 2010, indica um relatório da ONU publicado hoje por ocasião do Dia Internacional das Florestas.
O relatório “O Estado das Florestas do Mediterrâneo 2013” adianta que em Portugal, entre 2006 e 2010, arderam 344.710 hectares, dos quais 112.636 hectares correspondem a espaços florestais, significando que Portugal é o país que relata o maior número de fogos.
O documento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sublinha igualmente que Portugal apresenta a maior área ardida em 2010 com 127.891 hectares.
“Apesar de Portugal ter tido o maior número de incêndios florestais e maior área ardida no Mediterrâneo, o tamanho médio de fogos foi relativamente baixo, possivelmente relacionado com as medidas de intervenção eficazes”, refere o relatório.
Segundo o documento, Portugal, Espanha, Grécia e Itália são os quatros países responsáveis por quase 80 por cento do total da área queimada entre 2006 e 2010 no mediterrâneo.
Porém, Portugal e Espanha foram os responsáveis por mais de 50 por cento do total da área ardida.
A FAO diz também que metade dos incêndios florestais em Portugal tem origem desconhecida e a outra metade divide-se em negligência ou acidental.
No entanto, alerta para a necessidade das regiões do Mediterrâneo melhorarem o conhecimento e a informação sobre as causas dos incêndios e realizarem mais investigações depois dos fogos, tal como a Comissão Europeia tinha sugerido em 2011.
A FAO refere ainda no relatório que o fogo é uma das causas da degradação florestal na região do Mediterrâneo.

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