sexta-feira, 29 de março de 2013

CONCELHO PRECISA DUMA ESTRATÉGIA CULTURAL


Sabemos todos que quando não há dinheiro os primeiros "cortes" incidem, regra geral, sobre a cultura e os seus agentes.
É precisamente num cenário de escassez de recursos que mais se justifica uma política cultural que dê primazia a iniciativas locais e, complementarmente, àquilo que de algum modo nos diferencia das iniciativas culturais que outros promovem.
"Fazer" cultura não é apenas "comprar" produtos acabados que outrem fez e divulgá-los no concelho. O caminho, no nosso entendimento, é antes captar entusiastas, voluntários, artistas e dirigentes, reuni-los em associações, de preferência já existentes, incentivar a aprendizagem, o trabalho nas diversas formas de expressão cultural e artística e, finalmente, ajudar na promoção dos seus "produtos" finais.


Acreditamos que para a economia e as comunidades locais, num concelho com fracos recursos financeiros e diminuto investimento na cultura, o mais importante é criar condições para o maior envolvimento das pessoas em projectos e em organizações de cariz cultural que promovam o teatro, a fotografia, a pintura, a escultura, a defesa do património, a que se deverão juntar os esforços que hoje já são feitos, designadamente na música, na etnografia e no folclore, entre outros.
Esta ideia de desenvolvimento cultural tem ainda a vantagem de poder ser inter-geracional, de alargar o número dos que fazem e dos que passarão a "consumir" cultura, ocupa tempos livres, contribui para a criação de raízes ao território municipal e cimenta as relações de vizinhança e de solidariedade.

1 comentário:

  1. Estratégia Cultural?!! Isso implicava gostarem de ver teatro, exposiçoes, conferências, debates... mas isso dá muito trabalho e poucos votos. Não é mais fácil pagar uns almoços aos velhinhos do concelho e tapar os buracos das estradas nos últimos seis meses antes eleições? é que depois ninguém se lembra mais de coisa nenhuma e vai votar no BE com medo da prima, ou da tio, do pai ou da mãe ficarem sem o emprego precário que a CMSM lhe prometeu em troca e um voto,
    Toda a gente diz que nada se faz no concelho mas todos vão votar a correr neles.. como se explica racionalmente isto?

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