A
propaganda e o marketing político, há
medida que as eleições se aproximem, vão começar a assumir um papel crescente
na vida local, tentando - através das iniciativas municipais de última hora
(como as repavimentações de estradas) - valorizar uma gestão e uma “nova”
candidatura BE que pretende manter o Poder, ainda que, naquilo que é essencial,
só desperte para ele de 4 em 4 anos (no ano das eleições).
O
que nem o marketing consegue esconder
são os dados estatísticos que reflectem, em números, a realidade que aquele
Poder tenta escamotear, negando sistematicamente as suas responsabilidades.
Já
aqui demos oportuno eco do estudo da Universidade da Beira Interior (UBI) em
que depois de se terem avaliado 48 indicadores estatísticos fornecidos pelo
INE, se concluiu que o concelho de Salvaterra de Magos é um dos 50 piores do
país e o último do distrito de Santarém no que diz respeito ao ranking da qualidade de vida da
população e ao desenvolvimento económico. A maioria BE em vez de ter avaliado
os resultados e tentar fazer mais e melhor para que no próximo ano as coisas
pudessem melhorar, preferiu maldizer aquele trabalho, fazendo tábua rasa de que
o mesmo estudo há meia dúzia de anos colocava o nosso concelho 150 lugares mais
acima naquela classificação.
Os
dirigentes camarários, quando a realidade desmente a “propaganda” e põe a nu a
mediocridade das suas opções, afirmam que é a realidade que se equivocou!...
Infelizmente
para 20% da população activa do concelho, aquela realidade reflecte-se ainda no
número de desempregados. O concelho de Salvaterra de Magos volta a ser o
concelho do distrito com maior taxa de desemprego e integra o lote dos
Municípios onde este flagelo é mais sentido.
Diga
o que disser a propaganda - e por mais alcatrão que seja colocado
até às eleições - estes factos vão permanecer, pelo menos até que uma
direcção camarária assuma importar-se mais com as pessoas e menos com os actos
eleitorais.
Estranho este post não ser alvo de qualquer comentário!!!!!
ResponderEliminarÉ talvez a "interiorização" por uns de que alguma coisa deviam ter feito para minimizar este problema e, para os outros, a mera confirmação de uma realidade que os primeiros tendem a não querer ver.
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