Todos
constatamos que a situação das empresas portuguesas é extremamente complicada,
escasseia o investimento público e privado, as pessoas viram reduzir os seus
rendimentos de forma substancial e isso afectou também o consumo interno. Com
tudo isto a taxa de desemprego aproxima-se dos 20%, os jovens não encontram
lugar para trabalhar e as empresas definham.
As
recomendações da Assembleia da República que se publicam de seguida só pecam
por tardias. O mínimo que se exigia ao Estado era que tivesse acautelado nas
negociações que estabeleceu com a “troika”, a possibilidade de em face da
diminuta capacidade de investir de novo ao menos se assegurassem linhas de
financiamento que permitisse ir liquidando a dívida pública junto de
fornecedores, prestadores de serviços e empreiteiros. Se tal tivesse sido
feito, talvez se tivessem “salvo” algumas empresas e alguns postos de trabalho,
pois elas podiam ter ganho “tempo” para redireccionarem a sua actividade para
outro tipo de mercados ou, pelo menos, para outro tipo de “produtos”. Como nada
foi feito neste particular, todos os dias encerram empresas e os números do
desemprego continuam desencorajadores.
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