domingo, 7 de julho de 2013

NOVAS TERRAS, SE HOUVER ÁGUA


Há medida que aumenta a nossa capacidade de escrutinar o Universo, cresce também a noção da sua imensidão ou, se preferir, da nossa insignificância. 
A notícia que divulgámos de seguida levanta a questão de todos os tempos: Há ou não vida extra-terrestre?! 
Foram identificados mais três planetas que poderão ter condições para gerar vida, e que se situam na nossa vizinhança. Demoraríamos “apenas” 22 anos a lá chegar se conseguíssemos viajar à velocidade da luz. Lá chegaremos, um dia!...

Impressão artística do planeta rochoso Gliese 667Cd em direção à sua estrela, a Gliese 667C. Esta é uma das super-Terras onde a água pode existir no estado líquido, com condições para a emergência de vida. As duas estrelas mais distantes pertencem a este sistema estrelar triplo.
ESO/M. Kornmesser

Astrónomos do Observatório Europeu do Sul, organização a que Portugal pertence, descobriram um sistema com sete planetas a orbitar a estrela Gliese 667C. Três deles são super-Terras onde pode existir água e vida.
É uma estrela com um terço da massa do Sol que fica a 22 anos-luz da Terra e uma equipa internacional de astrónomos descobriu um sistema com sete planetas que orbita esta pequena estrela, três dos quais na zona habitável, onde a água pode existir sob forma líquida, com condições para a presença de vida.
A estrela chama-se Gliese 667C, porque pertence a um sistema estelar triplo conhecido por Gliese 667, situado na constelação de Escorpião, na Via Láctea.
O sistema planetário descoberto é o primeiro exemplo de um sistema onde uma estrela de baixa massa alberga planetas potencialmente rochosos na zona habitável.
Os três planetas são super-Terras, isto é, planetas com uma massa maior que a da Terra mas menor do que a dos planetas gasosos Urano ou Neptuno.

Há muito mais planetas habitáveis na Via Láctea

"O número de planetas potencialmente habitáveis na nossa galáxia é muito maior se esperarmos encontrar vários em torno de cada estrela de pequena massa", afirma Rory Barnes, um dos membros de equipa de astrónomos, investigador da Universidade de Washington (EUA).
Ou seja, em vez de os astrónomos observarem dez estrelas de grande massa à procura de um único planeta potencialmente habitável, podem agora "olhar para uma só estrela e encontrar vários planetas", mudando a sua estratégia de pesquisa.
"Encontrar três planetas de pequena massa na zona habitável de uma estrela é algo de muito excitante", afirma por sua vez Mikko Tuomi, investigador da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), e um dos líderes da equipa de astrónomos.

Zona habitável mais próxima da estrela

Com efeito, sistemas compactos em torno de estrelas como o Sol são bastantes frequentes na Via Láctea e os planetas que orbitam muito próximo dessas estrelas são muito quentes e dificilmente habitáveis.
Mas nas estrelas muito mais frias e de pequena massa, como a Gliese 667C, a situação é diferente e a zona habitável situa-se dentro de um órbita do tamanho da órbita de Mercúrio, muito mais próxima dessa estrela do que a zona habitável do Sistema Solar.
As observações do sistema planetário da Gliese 667C foram feitas com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) - organização a que Portugal pertence - e o telescópio Magalhães II, ambos localizados no Chile, e ainda o telescópio Keck, no Havai.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/descobertas-tres-super-terras-que-podem-ter-vida=f816142#ixzz2XE6aiXvx 

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