Há
medida que aumenta a nossa capacidade de escrutinar o Universo, cresce também a
noção da sua imensidão ou, se preferir, da nossa insignificância.
A notícia
que divulgámos de seguida levanta a questão de todos os tempos: Há ou não vida
extra-terrestre?!
Foram identificados mais três planetas que poderão ter
condições para gerar vida, e que se situam na nossa vizinhança. Demoraríamos “apenas”
22 anos a lá chegar se conseguíssemos viajar à velocidade da luz. Lá
chegaremos, um dia!...
Impressão artística do planeta
rochoso Gliese 667Cd em direção à sua estrela, a Gliese 667C. Esta é uma das
super-Terras onde a água pode existir no estado líquido, com condições para a
emergência de vida. As duas estrelas mais distantes pertencem a este sistema
estrelar triplo.
ESO/M. Kornmesser
Astrónomos do Observatório Europeu do Sul, organização a que
Portugal pertence, descobriram um sistema com sete planetas a orbitar a estrela
Gliese 667C. Três deles são super-Terras onde pode existir água e vida.
É uma estrela com um terço da massa do Sol que fica a 22
anos-luz da Terra e uma equipa internacional de astrónomos descobriu um sistema
com sete planetas que orbita esta pequena estrela, três dos quais na zona
habitável, onde a água pode existir sob forma líquida, com condições para a
presença de vida.
A estrela chama-se Gliese 667C, porque pertence a um sistema
estelar triplo conhecido por Gliese 667, situado na constelação de Escorpião,
na Via Láctea.
O sistema planetário descoberto é o primeiro exemplo de um
sistema onde uma estrela de baixa massa alberga planetas potencialmente
rochosos na zona habitável.
Os três planetas são super-Terras, isto é, planetas com uma
massa maior que a da Terra mas menor do que a dos planetas gasosos Urano ou
Neptuno.
Há muito mais planetas
habitáveis na Via Láctea
"O número de planetas potencialmente habitáveis na nossa
galáxia é muito maior se esperarmos encontrar vários em torno de cada estrela
de pequena massa", afirma Rory Barnes, um dos membros de equipa de
astrónomos, investigador da Universidade de Washington (EUA).
Ou seja, em vez de os astrónomos observarem dez estrelas de
grande massa à procura de um único planeta potencialmente habitável, podem
agora "olhar para uma só estrela e encontrar vários planetas",
mudando a sua estratégia de pesquisa.
"Encontrar três planetas de pequena massa na zona
habitável de uma estrela é algo de muito excitante", afirma por sua vez
Mikko Tuomi, investigador da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), e um
dos líderes da equipa de astrónomos.
Zona habitável mais próxima
da estrela
Com efeito, sistemas compactos em torno de estrelas como o
Sol são bastantes frequentes na Via Láctea e os planetas que orbitam muito
próximo dessas estrelas são muito quentes e dificilmente habitáveis.
Mas nas estrelas muito mais frias e de pequena massa, como a
Gliese 667C, a situação é diferente e a zona habitável situa-se dentro de um
órbita do tamanho da órbita de Mercúrio, muito mais próxima dessa estrela do
que a zona habitável do Sistema Solar.
As observações do sistema planetário da Gliese 667C foram
feitas com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) -
organização a que Portugal pertence - e o telescópio Magalhães II, ambos localizados
no Chile, e ainda o telescópio Keck, no Havai.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/descobertas-tres-super-terras-que-podem-ter-vida=f816142#ixzz2XE6aiXvx
Sem comentários:
Enviar um comentário