Chamámos a atenção em
reunião de Câmara – e aqui neste espaço – para o facto da maioria BE que
governa a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos ter decidido abrir um
concurso para chefe da divisão municipal de urbanismo a 3 meses do início da
campanha eleitoral, meio ano depois do lugar ter ficado vago.
Chamámos a atenção
para o facto deste quadro técnico, quando for admitido, já só vir a desenvolver
tarefas com o próximo executivo camarário que sair das eleições de Setembro de
2013, daí a vantagem de os requisitos que conduzam à sua admissão serem
definidos por aqueles que com ele/a vão ter de trabalhar durante pelo menos 3
anos.
Chamámos a atenção
para o facto de, estranhamente – e ao contrário do que sucede com os outros
municípios do País – o recrutamento deste chefe de divisão não incluir a
ponderação entre o curiculum vitae e
a entrevista dos candidatos, mas apenas a sua entrevista.
Chamámos a atenção
para o facto de nos critérios de selecção não vir explicitada a vantagem que é
ter um quadro com experiência no urbanismo ou até no exercício da função de
chefiar uma divisão, o que pode permitir recrutar alguém absolutamente
impreparado.
Chamámos a atenção,
por fim, para o facto de no concurso se dar primazia a alguém com conhecimentos
na área administrativa quando o que está em causa é uma divisão técnica, o
urbanismo.
Apesar de tudo isto a maioria BE
preferiu não suspender, anular ou corrigir este concurso, como defendemos
publicamente.
Apesar de tudo isto a maioria BE não
tornou público no Diário da República ou, pelo menos, na página da Câmara na net a listagem dos candidatos admitidos.
Apesar de tudo isto a maioria BE não
quis, até agora, escutar as nossas críticas. Sabemos hoje, também, que uma
das candidatas a concurso é uma deputada municipal do nosso concelho, eleita em
listas do Bloco de Esquerda (BE), o que por si só devia ser razão bastante para
acautelar, como recomendámos, todo este procedimento.
Explanamos
factos, lamentamos os erros e as omissões, demos contributos para corrigir a
situação, mas…
Chama-se a atenção á Srª Ana Pardal que creio na Câmara Municipal do Cartaxo um vereador que falsificou resultados de um concurso para admissão de funcionários municipais 3 cantoneiros de limpeza foi agora (e já não está em funções á 8 anos) condenado ao pagamento de multa avultada ou em alternativa ao cumprimento de vários dias de prisão. Em relação a este concurso da C.M.S.M. cujo perfil é ajustado a uma pessoa e não o contrário como seria expectável o único comentário que merece é que continuam alguns a brincar com o dinheiro de todos, a pagar favores políticos com os meios públicos. ISTO TEM DE ACABAR DEFINITIVAMENTE SEJA DE QUE MANEIRA FOR E PARECE CLARO QUE NESTE TIPO DE SITUAÇÕES, OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS.
ResponderEliminarEsta pessoas que ira ocupar este cargo pensa que o seu partido é irreversível e que o seu cargo esta garantido ate a morte só espero que o tiro lhe saia pela culatrar e depois a força partidária que ganhar tenha coragem para denunciar este caso a quem de direito.
ResponderEliminarAinda não há ninguém recrutado.... mas infelizmente todo o processo enferma de rigor e correcção, como fica patente no texto do post.
EliminarSó a falta total de respeito pelos municipes, é que permite o Excutivo BE, fazer uma coisa destas. Por muito competente que seja a pessoa, isto não é mais que uma "paga de favores" à "camarada" do Bloco. è um concurso à medida. Agora percebo o lema da campanha às eleições municipais. " um equipa com resultados"
ResponderEliminarFicamos à espera para ver quem é a técnica/o selecionada/o, depois então diremos "uma equipa com provas dadas" sempre aos mesmos. Onde falta a imparcialidade, um dos vários valores à muito "esquecido" por quem gere a C.M.S.M.
ResponderEliminarProvavelmente não terei sido suficientemente preciso no conteúdo do post acima, mas o que mais me preocupa, enquanto vereador, é que seja possível escolher um quadro técnico que terá a responsabilidade de gerir uma divisão com a importância desta, onde por exemplo se trabalha e coopera com a revisão do PDM, ou seja com a "vida" e os bens das pessoas, sem que o seu curriculum, a sua experiência profissional pese pelo menos tanto numa avaliação que uma entrevista.
EliminarMais importante do que a coloração partidária do técnico escolhido, se a tiver, é escolher-se alguém pouco ou nada preparado... seja ele (ou não) do BE ou doutra força partidária!...
O resultado da escolha - nas condições em que o concurso foi lançado - tem tudo para correr mal e isso será prejudicial para o concelho. Seria bem preferível aguardar uns meses e ficar responsabilizado por esse recrutamento a equipa que vencer as eleições de Setembro.
O sr até foi muito preciso.
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