Na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos os vereadores socialistas, pela voz de Helder Esménio, escolheram falar sobre este tema. Transcreve-se de seguida aquela intervenção que quis evocar o 25 de Abril de 1974.
Queríamos começar por saudar TODAS as
iniciativas das Juntas de Freguesia, da Câmara Municipal e da Assembleia
Municipal que visarem a evocação e a celebração do 25 de Abril de 1974.
Destaque merecido também para as associações e colectividades que aderirem às
comemorações, assim como todos os que se envolverem, a título pessoal, nas
programações previstas em cada uma das freguesias do concelho.
Haverá sempre razões para celebrar o 25
de Abril de há 39 anos, pois foi esse movimento de militares e o processo de
democratização do País que se seguiu, que nos permitiu readquirir a liberdade
individual – a liberdade política, de associação e de expressão – e que
contribuiu de modo decisivo para a melhoria das condições de vida da nossa
população.
Os ganhos no acesso à saúde e à educação
públicas, o reforço/conquista de direitos laborais e a infraestruturação das
nossas vilas e aldeias só foram alcançados pós-25 de Abril de 1974. A nossa
experiência democrática não está isenta de erros, mas nós somos dos que
acreditamos nas suas virtualidades e não temos dúvidas em afirmar que o saldo é
bem positivo.
Em 1973 a esperança de vida à nascença
era de 67 anos, em 2010 vivemos mais 13 anos, em média. Por essa altura morriam
em Portugal antes de atingirem 1 ano de vida 7.700 crianças, esse valor é hoje
de 300.
Ainda em 1973 havia 40 mil alunos no
ensino liceal e técnico, hoje (2011) temos 440 mil. Quatro anos depois do 25 de
Abril de 1974 tínhamos 90 mil jovens no ensino médio e superior, hoje (2011)
temos 390 mil.
Por último, uma muito breve referência ao
trabalho liderado pelas autarquias, a partir do final dos anos 70, quando foi
aprovada legislação que criou a Lei das Finanças Locais. Tínhamos em Portugal,
na década de 70, cerca de 1 milhão de casas com água canalizada, esgoto e
electricidade, hoje são 4 milhões.
A realidade que vivemos parece querer ofuscar
estes benefícios que o 25 de Abril de 1974 trouxe às nossas vidas em Portugal,
mas por mais dura que seja a realidade prefiro crer que vamos conseguir ultrapassar
as contrariedades que se nos colocam.
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