domingo, 14 de abril de 2013

ÁREA FLORESTAL VAI CRESCER NO ÁRTICO


Nada parece poder travar o aquecimento global, daí que a comunidade científica procure antecipar informação sobre os efeitos que esse fenómeno ocasionará na vida na Terra. A notícia que seguidamente se reproduz dá-nos de algum modo conta que a área florestal vai aumentar na zona do árctico e isso vai contribuir para diminuir a reflexão dos raios solares na superfície terrestre, pois a área com neve será muito menor, e esse facto agrava ainda mais o aquecimento à escala planetária.




O trabalho consistiu na construção de modelos para prever o tipo de plantas que crescerão no Polo Norte na década de 2050, de acordo com os padrões de temperaturas e precipitação previstos no contexto das Alterações Climáticas, que têm sido responsáveis pelo aumento duas vezes mais rápido das temperaturas na região em relação ao resto do planeta.
Em comunicado, o MHNA explica que a modelação computacional é particularmente útil no caso dos estudos sobre o Ártico porque, devido ao clima agreste que restringe os tipos de plantas que podem crescer na área, a incerteza associada à metodologia é reduzida.
Os resultados apontam para uma extensa proliferação da cobertura vegetal, incluindo das áreas arborizadas que, por exemplo, podem vir a avançar centenas de milhas para Norte na Sibéria.
Este aumento significativo das zonas verdes terá consequências globais. Por um lado, a diminuição da área coberta por neve conduzirá a uma diminuição da refletividade da superfície terrestre na região, que resultará no aumento da radiação absorvida, fazendo aumentar a temperatura, o que acelerará o Aquecimento Global.
“Através da incorporação das relações observadas entre plantas e o albedo”, que corresponde a uma medida da refletividade de uma superfície, “demonstramos que as alterações da distribuição da vegetação resultarão num feedback positivo geral do clima, que causará, provavelmente, um aquecimento maior do que foi anteriormente previsto”, revelou Scott Goetz, investigador do Woods Hole Research Center que também participou no estudo.
Por outro lado, a “redistribuição generalizada da vegetação do Ártico teria impactos que se repercutiriam pelo ecossistema global”, afirma Richard Pearson, primeiro autor do artigo recém-publicado. Esses impactos, referem os autores no resumo do artigo, afetarão os serviços dos ecossistemas e a vida selvagem "por exemplo, algumas espécies de aves migram sazonalmente desde latitudes menores e precisam de encontrar habitats polares muito particulares, como áreas abertas, para nidificarem ao nível do solo”, diz Richard Pearson.

Fontes: American Museum of Natural History

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