domingo, 7 de abril de 2013

UMA NATALIDADE QUE NOS ENVELHECE


 Também no que diz respeito à taxa de natalidde ficamos aquém da União Europeia. Vivemos um equívoco económico, pois temos reputados economistas a defender que com a actual taxa de natalidade a nossa segurança social é insustentável, e temos outros a defender que a solução passa por mais horas de trabalho, menos dias de descanso, logo menos família e mais tempo nas empresas.
Temos políticos, economistas e empresários a dizer, todos os dias, que o caminho passa pela precariedade no emprego, pela mobilidade, pela dispensa das mulheres que engravidam. Vivemos tempos difíceis, mas vivemos sobretudo tempos de pouca vergonha e de desnorte empresarial. Se se quer uma economia desregulada que se assuma essa opção, mas que não se diga, em simultâneo, que as famílias têm de ter mais filhos!...
Já é difícil que os jovens possam ter uma relação familiar estável e sustentável, em razão da falta de empregos e de terem de os procurar longe do País, como é possível esperar que tenham filhos quando não temos como lhes garantir as prestações sociais de que carecem caso não consigam estabilidade no emprego?!


A taxa de natalidade em Portugal era, em 2011, a quarta mais baixa da União Europeia (UE), com 1,35 nados-vivos por mulher, segundo um relatório hoje divulgado, em Bruxelas, pela Comissão Europeia.
Os dados hoje divulgados indicam que a média de nados-vivos por mulher em 2011 na UE foi de 1,57.
O relatório mostra que, em 2002, Portugal tinha uma taxa de natalidade ligeiramente acima da UE: 1,47 contra 1,46, tendência que se inverteu em quatro anos, uma vez que em 2006 já era de 1,36 contra 1,54 nados-vivos por mulher.
Em 2009, nasceram em média em Portugal 1,32 bebés por mulher e 1,59 na UE, em 2010 os números foram, respetivamente de 1,36 contra 1,6 e, no ano seguinte, 1,35 em Portugal e 1,57 na UE.
Em 2011, as mais baixas taxas de natalidade foram registadas na Hungria (1,23 nados-vivos por mulher) Roménia (1,25) e Polónia (1,3), seguindo-se Portugal e Chipre. As mais altas taxas verificaram-se na Irlanda (2,5) e França (2).
Lusa

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