A
notícia que seguidamente se reproduz enquadra-se, de algum modo, no teor do post que aqui ontem publicámos e que
continha alguns dos contributos que no início do mês explicitámos numa reunião
realizada entre autarcas e empresários associados da NERSANT, reunião que terá
sido promovida pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), onde
o nosso Município se insere.
Não
queremos deixar de sublinhar a convicção que temos da importância de haver um caminho, ainda mais numa altura em
que muitos dos nossos políticos se esgotam em sublinhar divergências e em
promover clivagens.
As
traves mestras desse caminho serão sempre a agricultura, a floresta, o rio, as
tradições históricas e culturais (etnografia, festa brava, folclore,
artesanato, associativismo, etc), aquilo que de algum modo é a riqueza local e
que pode ser diferenciador de outras regiões.
Com
este património endógeno importa haver trabalhos, análises e reflexões, que nos
ajudem a definir uma estratégia de desenvolvimento que incluirá, certamente, o
sector primário (agricultura, floresta e o mundo rural), a promoção de
actividades turísticas, a preservação ambiental e a sustentabilidade, a que
devemos juntar, entre outras, a reabilitação urbana e uma firme aposta no
empreendedorismo direccionando-o, se possível, para o ambiente, as novas
tecnologias e os serviços.
Porque
temos vindo a pensar o concelho, procurando construir uma alternativa credível,
ficamos satisfeitos com o facto dos fundos comunitários irem financiar estudos
que possam vir a confirmar, a complementar ou a alterar estas ideias, e dessa
forma ajudar a desenhar o caminho que
queremos percorrer nos próximos anos.
NOTÍCIA
DISPONÍVEL EM
Três estudos de promoção da Lezíria do
Tejo têm assegurado financiamento comunitário no âmbito de uma candidatura da
Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, que pretende dotar a região de
instrumentos de planeamento, informou o secretário executivo daquela estrutura.
“Fizemos uma candidatura de mais de 318
mil euros ao Inalentejo (Programa Operacional Regional do Alentejo) e foi
aprovado o financiamento a 85% (235.237,50 euros), para desenvolvermos estudos
que já foram adjudicados”, disse esta segunda-feira à Lusa o secretário
executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), António
Torres.
Um dos estudos incide sobre a
identificação e regulamentação das Áreas de Vocação Turística (AVT) uma
obrigação do PROT OVT (Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e
Vale do Tejo), a que as câmaras têm de dar resposta e que a comunidade optou
por “fazer para todos os municípios, distribuindo 50% das camas turísticas por
todos, de acordo com o número de habitantes e deixando outros 50% para futuros
investimentos”, explicou o mesmo responsável.
A segunda área a estudar é a transição
para uma economia de baixo teor de carbono, identificando projectos a executar
no período de 2014-2020, em termos de eficiência energética na iluminação
pública e semaforização, nos edifícios e equipamentos municipais, aposta nas
energias renováveis e promoção de mobilidade sustentável.
Só depois de concluído o estudo, que
deverá prologar-se até “meados de 2014” será estimada a poupança para todos os
municípios mas, segundo António Torres, “contas feitas por alto apontam, só na
circular urbana de Santarém, para uma redução de custos na ordem dos sete mil
euros”.
A candidatura contempla ainda a
elaboração do Programa Territorial Integrado (PTI) “Lezíria 2020”, que vai
definir uma estratégia de desenvolvimento integrada para o período 2014-2020.
Actualmente estão a decorrer “workshops
com o objectivo de recolher contributos dos agentes económicos, sociais e
ambientais para a elaboração do PTI”, que conta com a colaboração de 19
entidades na criação de “uma estratégia de actuação que conduza ao
desenvolvimento integrado, equilibrado e sustentável da região”.
Neste último caso, a comparticipação
comunitária destina-se “ao pagamento de dois consultores [Augusto Mateus e
Associados e Madureira Pires]”, sublinhou António Torres.
O objectivo da candidatura é, segundo
uma nota da CIMLT, “dotar os Municípios associados de instrumentos de
planeamento e de decisão de investimento público”, tornando-a “mais coesa e com
apetência para o desenvolvimento regional conjunto”.
A Comunidade Intermunicipal
da Lezíria do Tejo corresponde à NUT III da Lezíria do Tejo e integra os
municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca,
Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.
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