O estudo da ONU que abaixo
se divulga, chama a atenção de todos para o custo, em vidas humanas, dos
actuais níveis de poluição atmosférica.
Se
outras razões não houvesse - entre elas a possibilidade de tornarmos a vida
humana no planeta impossível a médio prazo – a morte de 6 milhões de seres
humanos por ano, devia oferecer-nos outras tantas razões e motivações para
cuidarmos mais e melhor desta que é a nossa única habitação possível.
(Foto: Sob licença Creative Commons)
A
poluição atmosférica é subestimada globalmente e mata mais pessoas que a Sida e
a malária juntas, de acordo com um relatório das Nações Unidas (ONU) sobre
energias limpas. Segundo a ONU, o problema vai agravar-se até 2030, se nada for
feito para o minimizar.
Segundo
o director-geral da ONU para o desenvolvimento industrial, Kandeh Yumkella, o
investimento em energia solar, eólica ou hidroeléctrica será indispensável para
combater as alterações climáticas e beneficiar a saúde pública.
Em
Oslo, Noruega, local da apresentação do estudo, ficou a saber-se que morrem por
ano cerca de 3,5 milhões de pessoas por poluição atmosférica dentro da casa –
devido a lareiras ou fornos a lenha, sobretudo nos países em desenvolvimento –
e 3,3 milhões de pessoas por poluição atmosférica fora de casa, via indústria
ou trânsito.
Foram
também analisadas mortes relacionadas com pneumonia ou cancro, sendo que
existe, nestes números, uma margem de erro de 500 mil mortes, que poderão ter
causas externas à da poluição atmosférica.
“O
problema tem sido subestimado. Mas há mais de 6 milhões de mortes, todos os
anos, relacionadas com a poluição atmosférica”, afirmou Maria Neira, directora
de saúde pública e ambiente da Organização Mundial de Saúde. Pequim e Cidade do
México são duas das principais cidades onde a poluição é mais visível.
Segundo
outros relatórios das Nações Unidas, citados pela Reuters, morrem todos os anos, globalmente, 1,7 milhões de
pessoas com Sida e 660 mil pessoas com malária. Muito menos do que as que
morrem prematuramente devido à poluição atmosférica.
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