terça-feira, 30 de outubro de 2012

NOVO "ATAQUE" BE... OUTRA VEZ "ÁGUA"


A defesa da posição BE perante a aplicação da Lei da Reorganização Administrativa Territorial Autárquica voltou a ser tema de análise na página do BE Salvaterra.


Estamos infelizmente perante mais uma análise de um dirigente BE que prima pela falta de rigor e cuja interpretação adultera disposições legais e omite factos. Mas, vamos então aos factos e aos erros.

  • Escreveu este membro do Secretariado BE, em Outubro: "Importa referir que o Bloco de Esquerda tem sido transparente na sua posição desde o início, não se pronunciando (...)".
  • Escreveu outro membro do Secretariado BE, em Junho:


Este comportamento não tem nada de transparente, é mais característico de quem não sabe o que fazer e dizer, de alguém que perante as dificuldades se atrapalha. Em Junho afirmam que hão-de apresentar uma pronúncia. Faltaram ao compromisso que assumiram porque não o fizeram e agora num novo relato dos factos têm a ousadia de dar o dito por não dito?! Talvez tivesse sido preferível assumir o erro e a incongruência.


Escreve o mesmo membro do Secretariado BE: "Não participaremos na aplicação de leis injustas e muito menos pela força!"
A resposta já foi de algum modo dada nas redes sociais. É pena que o BE Salvaterra - que assim pensa e age - tenha pactuado com o corte (injusto) dos subsídios de férias e de natal aos funcionários da Câmara Municipal que governa! É pena que o BE Salvaterra tenha proposto e votado (impondo-o pela força) o aumento - de uma só vez - de 300% da tarifa dos lixos que a Câmara cobra aos que residem no concelho!...
Ninguém tem dúvidas quanto à injustiça dos critérios que estão previstos na Lei, todos o têm afirmado, o problema é que a recusa BE em agir para minimizar "danos" é o maior "aliado" que a "Lei Relvas"  poderia almejar ter, garante um maior número de freguesias a extinguir- só no nosso concelho seriam 3.
É desejo de todos que a lei seja revogada ou suspensa, mas com a pronúncia da Assembleia Municipal ficámos pelo menos com um Plano B, caso isso não suceda, o que nos permite garantir, no mínimo, mais uma freguesia, aquela que o BE estaria disposto a sacrificar pela sua opção!...


Diz aquele destacado membro do Secretariado BE: "(...) irão concluir que a pronúncia da assembleia municipal de Salvaterra de Magos será decidida por desconforme (...)".
Os autarcas socialistas disseram (e escreveram) que se pronunciariam para não ficarmos com 3 freguesias, pois ao fazê-lo garantiriam, na pior das hipóteses, 4. Se a Unidade Técnica considerar desconforma a pronúncia pelas 5 freguesias, fica provado que nos termos da actual Lei (aprovada pelo PSD e CDS, com o voto contra de todos os outros) não era possível manter mais nenhuma freguesia para além das 4. Mas o PS tentou, o BE votou contra essa tentativa e a Câmara Municipal até deu parecer desfavorável a essa tentativa. É pois precisa alguma insensatez para criticar os autarcas que tentaram, exactamente por terem tentado "salvar" o maior número possível de freguesias, quando os autarcas BE tudo fizeram para boicotar essa tentativa.


Acrescenta aquele membro do Secretariado BE: "(...) o Partido Socialista terá de indicar (no seguimento da sua estratégia) a eliminação de outra freguesia para além do Granho sob pena de acontecer aquilo que tanto têm dito que pretendiam evitar a todo o custo, perder 3 freguesias".
Com a opção do BE seriam "eliminadas" as freguesias do Granho, da Glória do Ribatejo e dos Foros de Salvaterra, restariam 3.
Com a acção do PS o Granho pôde escolher com que freguesia se unir, tentámos manter 5 freguesias e, se isso não nos for permitido, ficaremos com 4.
Ao contrário do que diz o BE - no excerto de texto acima - os autarcas socialistas não são obrigados a coisa alguma, pois pela sua capacidade de iniciativa já garantiram a manutenção de 4 freguesias, seja pelos argumentos que invocaram para diminuir o número de lugares urbanos, seja porque ao pronunciarem-se - conforme ou desconforme - garantiram o mínimo de 4 freguesias (nº 4 do artº 6º). Quando vier a decisão da Unidade Técnica da Assembleia da República veremos quem tem razão!...


Afirma ainda aquele membro do Secretariado BE:


A tramitação indicada está errada e a conclusão é absurda, como já tivemos oportunidade explicar. O concelho só se arriscava a perder 3 freguesias se o BE tivesse conseguido impor a sua vontade de não pronúncia.
  • Ao contrário do que é dito pelo BE, cabe à Unidade Técnica (UT) propor às assembleias municipais - no caso de considerar a pronúncia desconforme (no nosso caso não viabilizando 5 freguesias) - um projecto de agregação que fará com que o concelho fique com 4 freguesias (artº 14º, nº 1, alínea d).
  • Ao contrário do que é dito pelo BE, o nº 1 do artº 15º explicita, comprovando o que digo: "Em caso de parecer de desconformidade (...) a Unidade Técnica elabora e propõe (...)".
  • Perante esse projecto de agregação, feito pela UT, as assembleias municipais têm 20 dias, se quiserem, para apresentar um projecto alternativo que mantenha também 4 freguesias.
A persistência do BE na barafunda, no logro e nas meias verdades é o oposto da conduta que defendemos no exercício da actividade política. Damos a cara, decidimos e agimos, não temos a pretensão de o fazer sempre bem, mas nesta matéria fizemos o melhor que a Lei nos permite, e defendemos o maior número de freguesias que nos era possível!...

4 comentários:

  1. "Se disseres muita vez uma mentira, vais passar aacreditar nela" é o que está a acontecer ao BE em salvaterra. A ténica é à muito conhecida... ir lançado confusão e desinformação, pois não interessa esclarecer mas sim confundir. Há sempre quem vá a creditar.

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  2. Srº Engenheiro esse membro do BE é membro do BE, funcionário da Camara, ambas as coisas como é?

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    1. Os funcionários da administração local, como é o caso, ou da regional ou da central, tal como os das empresas que são empreiteiras do Estado, ou como os dos bancos que são do Estado ou com ele se relacionem, etc etc, têm liberdade para se ligarem partidariamente, ou para assumir qualquer ideologia.
      O post em causa não versa essa matéria.

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    2. Mas uma coisa levou a outra!?

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