Alguns
indicadores publicados na base de dados da PORDATA, ilustram bem o esforço que
tem de ser feito em prol do nosso concelho para melhorar os resultados em áreas
como a saúde, a recolha de resíduos sólidos urbanos (lixos) e a educação.
Temos
tentado através deste espaço e das múltiplas intervenções e tomadas de posição
que vamos assumindo nos órgãos autárquicos, alertar a maioria BE para alguns
destes problemas, procurando dessa forma levá-la a agir.
Nível de escolaridade da
população residente maior de 15 anos
Este
quadro evidencia que até ao secundário a percentagem da nossa população activa
envolvida no processo de aprendizagem está dentro dos valores médios da região,
ainda que ligeiramente aquém da média nacional. A conclusão é bem diferente
quando olhamos para o número daqueles que estão no ensino superior. Os
concelhos vizinhos (Almeirim e Benavente) assim como a média dos municípios da
Lezíria do Tejo têm mais 50% de cidadãos no ensino superior que nós. A média de
Portugal é quase o dobro do valor que registamos no concelho de Salvaterra de
Magos.
Vai
ser preciso identificar as causas e colocar mais jovens em licenciaturas. Já
pudemos dar, pela nossa acção, um pequeno contributo, quando denunciámos a
existência de bolsas de estudo que, nalguns casos, eram de apenas meia dúzia de
euros mensais, conseguindo levar a maioria BE a alargar o número de bolsas de
estudo atribuídas a alunos do ensino superior e, em paralelo, elevando
significativamente o seu montante. Pena é que não tenha sido possível convencer
aquela maioria da necessidade de se criar um 2º escalão de rendimento, menos
apoiado, de forma a incluir mais famílias.
Habitantes por médico (não só médicos dos centros de saúde)
Estes
dados mostram bem quão punidos estão a ser os concelhos do sul do distrito
(Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos), onde existem metade dos médicos que
na média dos municípios da Lezíria do Tejo. Neste particular o nosso concelho é
o mais afectado pois temos um rácio de quase 1.400 pessoas por médico enquanto
os concelhos vizinhos referidos estão na ordem das 950 pessoas/médico. A média
na Lezíria é de 530 pessoas/médico enquanto a média nacional é metade deste
valor. Estamos tão perto da Área Metropolitana de Lisboa mas tão longe dos
parâmetros que caracterizam a vida nela! Os dados estatísticos do número de pessoas por médico do Centro de Saúde de Salvaterra de Magos são três vezes piores que estes como denunciámos na última reunião de Câmara. O concelho tem actualmente 6 médicos - e um vai ter de ir de férias - para 22.000 utentes do SNS. É uma vergonha!
Estes
números só podem surpreender quem não reside no concelho, pois já vimos
encerrar os postos de saúde de Muge e do Granho, há falta de médicos de família
e milhares de concidadãos nossos têm muita dificuldade em aceder a cuidados
médicos ou de enfermagem. As situações que se vivem em Foros de Salvaterra, Marinhais e Glória do Ribatejo neste domínio agravam-se de dia para dia.
Resíduos urbanos (recolha
selectiva) –
Kg/habitante
Têm
sido muitos os posts neste blogue e
variadas as intervenções que, ao longo de 3 anos, vimos fazendo nas reuniões da
Câmara Municipal denunciando o medíocre serviço de recolha de resíduos sólidos
urbanos (lixos) que é prestado na área do concelho. A autarquia nunca valorizou
esta problemática e não investiu o bastante para a resolver. A capacidade de
armazenamento no terreno é manifestamente insuficiente, a periodicidade com que
é feita a recolha é inadequada e a estratégia seguida para enfrentar esta
limitação é ineficaz, como todos os dias se comprova nas ruas.
Temos
insistido, também, sem sucesso, na criação de um Ecocentro no concelho, local
onde se faria a recolha e a triagem dos diferentes tipos de resíduos, evitando
que muitos deles acabem ilegalmente despejados nas matas e junto às linhas de
água. Os dados constantes da Tabela anterior mostram bem o caminho que ainda
falta percorrer! O nosso concelho – e de um modo geral os demais concelhos da
Lezíria – só recolhem selectivamente uma terça parte do que em média se faz no
País.
Mesmo
na condição de minoritários e sem quaisquer pelouros no executivo, por decisão
da maioria BE, não desistimos, nem desistiremos, de tentar melhorar estas e outras situações.
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