(foto
em http://www.seasteading.org/about/visionstrategy/)
Um
dia destes teremos cidades que flutuam e que se desejam sejam sustentáveis e
até auto-suficientes. Embora ainda não tenham passado de ficção começam a
surgir notícias e imagens sobre estas cidades futuristas.
Ainda
pouco se sabe do novo projecto de Peter Thiel,
o bilionário alemão que fundou o PayPal e foi um dos primeiros investidores do Facebook, mas as
primeiras informações são surpreendentes.
Thiel
quer reorganizar a forma como as comunidades estão estruturadas, a política dos
países e cidades, as leis e empreendedorismo dos cidadãos. Todas estas ideias
reúnem-se no Seasteading
Institute, um projecto de “empreendedores libertários” que querem
criar cidades flutuantes, comunitariamente sustentáveis e auto-suficientes.
Novas cidades para novas políticas.
O
empreendedor alemão já doou €1.000 milhões (R$2,6 mil milhões) para o projecto,
mas há vários outros fundadores, como Patri Friedman, neto do economista Milton
Friedman. “Estava frustrado pela forma como a sociedade norte-americano está
estruturada”, explica Patri. Segundo ele, se os cidadãos estão descontentes com
o seu Governo – ou com os sucessivos governos – então devem começar de novo,
por exemplo, numa cidade flutuante.
Para
já, e enquanto as cidades flutuantes continuam na área da ficção científica, o
Seasteading Institute investe noutros projectos ligados ao empreendedorismo no
mar. Um deles, idealizado por Max Marty e Dario Mutabdzija, resultou numa
start-up que procura resolver um dos grandes problemas de Silicon Valley: como
atrair engenheiros e empreendedores que não conseguem vistos de trabalho.
A
pesquisa que levou à criação da Blueseed tem como pano de fundo a reabilitação
de um grande navio, colocado na costa de São Francisco, Estados Unidos, e que
será local de trabalho – e não só – de dezenas de profissionais.
Tendo
o mar como recurso estratégico, o próximo passo é a construção de plataformas
flutuantes, apesar dos enormes custos. E, aí, teremos cidades sustentáveis,
tecnologicamente e legalmente viáveis.
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