sábado, 27 de outubro de 2012

CIDADES QUE FLUTUAM

(foto em http://www.seasteading.org/about/visionstrategy/)

Um dia destes teremos cidades que flutuam e que se desejam sejam sustentáveis e até auto-suficientes. Embora ainda não tenham passado de ficção começam a surgir notícias e imagens sobre estas cidades futuristas.



Ainda pouco se sabe do novo projecto de Peter Thiel, o bilionário alemão que fundou o PayPal e foi um dos primeiros investidores do Facebook, mas as primeiras informações são surpreendentes.
Thiel quer reorganizar a forma como as comunidades estão estruturadas, a política dos países e cidades, as leis e empreendedorismo dos cidadãos. Todas estas ideias reúnem-se no Seasteading Institute, um projecto de “empreendedores libertários” que querem criar cidades flutuantes, comunitariamente sustentáveis e auto-suficientes. Novas cidades para novas políticas.
O empreendedor alemão já doou €1.000 milhões (R$2,6 mil milhões) para o projecto, mas há vários outros fundadores, como Patri Friedman, neto do economista Milton Friedman. “Estava frustrado pela forma como a sociedade norte-americano está estruturada”, explica Patri. Segundo ele, se os cidadãos estão descontentes com o seu Governo – ou com os sucessivos governos – então devem começar de novo, por exemplo, numa cidade flutuante.
Para já, e enquanto as cidades flutuantes continuam na área da ficção científica, o Seasteading Institute investe noutros projectos ligados ao empreendedorismo no mar. Um deles, idealizado por Max Marty e Dario Mutabdzija, resultou numa start-up que procura resolver um dos grandes problemas de Silicon Valley: como atrair engenheiros e empreendedores que não conseguem vistos de trabalho.
A pesquisa que levou à criação da Blueseed tem como pano de fundo a reabilitação de um grande navio, colocado na costa de São Francisco, Estados Unidos, e que será local de trabalho – e não só – de dezenas de profissionais.
Tendo o mar como recurso estratégico, o próximo passo é a construção de plataformas flutuantes, apesar dos enormes custos. E, aí, teremos cidades sustentáveis, tecnologicamente e legalmente viáveis.

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