sábado, 6 de outubro de 2012

UMA VIAGEM COM 13 MIL MILHÕES DE ANOS-LUZ


Uma “pequena” galáxia cuja luz levou mais de 13 mil milhões de anos-luz a chegar à Terra. Este lapso de tempo é próximo da idade que o Universo tem, o que torna a descoberta mais relevante. A galáxia terá surgido “apenas” 500 milhões de anos após o Big Bang.


Foi ontem publicado na revista Nature a descoberta daquela que pode ser a galáxia mais distante alguma vez detetada.
A descoberta foi possível graças à utilização combinada dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble e ao efeito de ampliação cósmica que corresponde à ampliação da sua luz por efeito da gravidade de um conjunto de galáxias que estão num plano mais próximo da Terra, que a tornou detetável pelos telescópios.
Os astrónomos responsáveis pelo “feito” estimam que a luz da galáxia em causa, com apenas 1% da massa da Via Láctea, viajou 13,2 mil milhões de anos-luz até chegar à Terra, tendo sido emitida numa fase em que esta tinha 200 milhões de anos e em que o Universo existia há apenas 500 milhões de anos.
Trata-se portanto de uma das primeiras galáxias, que já existia numa altura em que o Universo saiu da “Idade Negra”, deixando de ser uma vastidão escura e sem estrelas e transformando-se num cosmos definido cheio de galáxias.
A descoberta desta galáxia constitui portanto uma “janela” para a compreensão desse período de transição, que foi despoletado pelo fenómeno de reionização no qual se pensa que as primeiras galáxias tiveram um papel predominante.

[O resumo deste artigo científico está em http://www.nature.com/nature/journal/v489/n7416/full/nature11446.html
]

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