Faz
este mês de Outubro três anos sobre as eleições autárquicas de 2009 e sobre a
tomada de posse de seis novos vereadores da Câmara Municipal de Salvaterra de
Magos. Esta foi a minha primeira experiência política electiva de há 30 anos a
esta parte.
Num
concelho onde a prática política assentou mais no confronto e na injúria pessoal
do que no debate de ideias ou de estratégias, é seguramente mais difícil alguém
sair da “sociedade civil” e disponibilizar-se para uma campanha ou uma disputa
eleitoral. É por isso muito importante que a nova geração de autarcas,
independentemente da sua idade e orientação ideológica, ponha ponto final neste tipo de
comportamentos que só envergonham aqueles que deviam ter por primeira tarefa a
função de representação dos seus concidadãos e não a da sua intimidação.
Combater
dentro das regras democráticas um Poder instalado há década e meia, ainda mais
quando alguns dos seus protagonistas são políticos locais que se mantém em
actividade há mais de 25 anos, é uma tarefa complexa. Mais difícil se
torna quando “as armas” que se usam
são as da argumentação e as da correcção.
Porque
não se fazem “balanços” a um ano do
fim do mandato, gostaria “apenas” de voltar a sublinhar, aos leitores deste
espaço, que - independentemente das dinâmicas próprias da preparação do próximo
acto eleitoral - os autarcas socialistas (executivos e deputados de freguesia,
vereadores e deputados municipais) vão continuar a respeitar oponentes e a
fazer um esforço para, como até aqui, manter a população informada sobre os
temas que mais interessam à nossa vida em comunidade.
Aproximando-se
o fim de um ciclo político gostaríamos de ajudar a actual maioria camarária a concluí.lo com elevação e tranquilidade. Contudo, os sinais que
vamos percepcionando da parte do BE e daquela liderança tendem a contradizer
esta vontade, infelizmente!
Deveriam ser os eleitos locais que se seguem a ditar o caminho que percorremos. Lamentavelmente, alguns deles, por impreparação, ausência de projecto e incapacidade de liderar, parecem disponibilizar-se a ser meros instrumentos nas mãos da actual liderança camarária, esperando dessa forma vir "a merecer" o seu apoio explícito. Brevemente saberemos da justeza desta crítica!...
Sem comentários:
Enviar um comentário