sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

AJUDEM-NOS ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS!...


As extensões de saúde de Marinhais e da Glória do Ribatejo servem actualmente as populações dessas freguesias, mas também as de Muge e do Granho e têm, cada uma, apenas um médico ao serviço. Estamos a falar de 2 médicos para 12.000 utentes. Ou seja, quando o País tem, em média, cerca de 2.000 utentes por médico, o concelho de Salvaterra de Magos tem 4 freguesias em que 6.000 pessoas dependem de um único médico e ficam sem ele semanas a fio, como aconteceu recentemente na Glória do Ribatejo, quando o médico vai de férias, de baixa ou tem uma indisposição.

Extensão de saúde da Glória do Ribatejo

Como é que uma gestão conjunta dos centros de saúde, que é o ACES, não consegue oferecer ao nosso concelho o mesmo tratamento que disponibiliza aos outros?! Se os meios são insuficientes, os que existem têm de ser partilhados.
Este tratramento desigual já não é apenas ocasional é, tanto quanto nos vamos apercebendo, uma opção da gestão. Ainda há poucos meses tínhamos 2 médicos em cada uma daquelas extensões de saúde, o que já era aquém das necessidades, até porque uma médica colocada na Glória do Ribatejo esteve mais tempo ausente do que ao serviço. Mas agora a realidade é que só temos metade disso e a solução que o ACES encontrou foi disponibilizar 10 consultas, repito, 10 consultas em Salvaterra de Magos. Isto começa a raiar o ridículo!...

Extensão de saúde de Marinhais

Os vereadores socialistas pediram na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos a ajuda da comunicação social na divulgação desta realidade, mostrando o quase abandono em que se encontram 12.000 pessoas que vivem a 60 Km de Lisboa, às portas daquela Área Metropolitana.


A estas pessoas, em pouco mais de um ano, encerraram-lhes duas extensões de saúde (Muge e Granho), tiraram-lhes os serviços postais e da Segurança Social, terminaram com o transporte de passageiros em ferrovia (ramal de ligação à linha do Norte, no Setil), querem fechar-lhes juntas de freguesia e agora deixam-nos quase sem médicos! Com isto tudo, a que se deve adicionar a crise, a austeridade, a perda de empregos e a falta de esperança no futuro é bem possível que as coisas não se mantenham sempre tranquilas e nós não precisamos de juntar a todos estes problemas outros tão ou mais graves!...

Extensão de saúde dos Foros de Salvaterra

O papel dos autarcas é contribuir para as soluções, mas também é o de alertar para os problemas quando são impotentes para os resolver. Ajudem-nos, por favor.

7 comentários:

  1. a que pontos nós chegamos no nosso concelho. Estes anos todos sem investimento na ecónomia real, sem atrair empresas e emprego, sem desenvolvimento.. levou a este ponto. Só temos que agradecer ao BE e à Anita e amigos.

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    1. É também verdade que a cedência de anos a uma Ordem Profissional terá de algum modo condicionado a formação em medicina e desse modo os médicos de família começaram a escassear e a contratação no estrangeiro sai mais onerosa, o que em face do cenário de contração económica, que vivemos, trouxe problemas acrescidos. O que se exige é que pelo menos os que existam sejam redistribuídos e também é verdade que, ao longo dos anos, houve autarquias que deram incentivos a médicos para se instalarem e viverem nos seus concelho, no nosso isso nunca foi considerado últil ou uma prioridade da gestão municipal BE de que fala.

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  2. A causa do distanciaento e até desprezo do governo para o Concelho de Salvaterra de Magos é consequência da politica e das atitudes camarárias, principalente da chamada gestão da D. Anita Ribeiro. Não nos podeos queixar, não a tivessemos eleito. Agora queixem-se.

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  3. O rídiculo da questão também se faz sentir noutros aspectos:
    Qualquer cidadão pode e tem o direito de marcar uma consulta via Internet,
    Tentei fazê-lo seguindo os passos que o portal da saúde manda executar... surpresa... passados dois anos do Centro de Saúde de Muge ter sido encerrado por aquela senhora que me apetece rotular mas depois o senhor não publicava o post, o utente fulano tal, nº tal, ainda faz parte do Centro de Saúde de Muge!?!?
    Questionei a tal dita senhora e foi-me respondido que ainda não era dado definido o Centro de Saúde de Muge encerrar!! Rídiculo!!
    Quem nos acode? Quem tem o dever de alterar este status quo?
    AV

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  4. Repito a pergunta, porque ainda não obtive resposta.
    Quem deve alterar esta situação real?
    A Autarquia( freguesia de Muge?)
    A Câmara Municipal?
    A senhora de seu nome nâo seu quantos Portugal?
    Devolvam-nos os direitos que deveríamos ter, façam alguma coisa, os politicos que mereceram bem ou mal os votos das pessoas...

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  5. Compreenderá certamente que a solução não pode ser encontrada por uma qualquer junta de Freguesia ou até por uma Câmara Municipal, pois o problema é nacional. Se a falta de médicos fosse só no n/ concelho seria de mais fácil resolução.
    O que a Camará Municipal poderia ter feito, quando se começou a perceber que havia falta de médicos no País, era ter decidido criar condições financeiras, de habitação, ou outras que levassem os médicos a querer fixar-se no n/ concelho em vez de irem para outros. Decidiu não o fazer, nem a isso era obrigada.
    A responsabilidade de gerir o sector da saúde em Portugal cabe ao Governo, e este problema tem décadas de erros acumulados, alguns dos quais, como disse anteriormente, cabem à Ordem dos Médicos que para proteger os seus membros sempre intercedeu no sentido de não se licenciarem médicos "a mais", para haver pleno emprego, e as consequências estão de algum modo à vista.
    Transitoriamente os últimos Governos têm optado por contratar médicos no estrangeiro, só que estes profissionais não se fixam por muito tempo e daí estarmos ciclicamente com estes problemas, é por isso que se apela à coordenadora do ACES, Drª Luísa Portugal, para redistribuir os meios que tem pelos concelhos em falta e para exigir mais clínicos à Administração regional de Saúde de Lisboa e vale do tejo.
    Não há, como pode ver, qualquer solução miraculosa. Talvez uma gestão da Câmara Municipal mais activa, actuante e presente tivesse já conseguido melhores resultados, mas nem isso é certo! Não podemos é deixar de falar no assunto.

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  6. De acordo com o articulado.
    Mas quem dá os cidadãos de Muge, e não sei se aos do Granho o direito de marcar uma consulta via Internet, como qualquer outro cidadão deste país?
    È que dentro desta miséria de assistencia que dispomos terão de ser os representantes dos cidadãos, que pelo menos neste pormenor que relato e certamente, creio, será desconhecido por muitos utentes, não seremos nós utentes que o iremos ultrapassar.
    Daqui o meu apelo então a que o senhor indague sff junto da dita Drª porque é que isto está nesta situação.

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