A
intolerância religiosa continua a ser uma das principais motivações da
violência praticada sobre as pessoas. Ela é evidentemente mais sentida no mundo
islâmico onde o fanatismo religioso continua a ditar as suas leis, mas há
algumas “surpresas” desconcertantes em vários outros locais no Mundo! A notícia
que seguidamente se reproduz dá-nos nota de comportamentos que pouco ou nada
dignificam a condição humana e o direito que cada um tem em ser “único”.
Os
ateus e agnósticos sofrem perseguição e discriminação por todo o mundo,
anunciou a União Internacional Humanista e Ética, num relatório lançado para
coincidir com o dia dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
O documento realça os Estados em que os cidadãos enfrentam a pena de morte por
serem ateus. São sete os países listados: Afeganistão, Irão, Maldivas,
Mauritânia, Paquistão, Arábia Saudita e Sudão. Tratam-se de países islâmicos,
nos quais a conversão ao Cristianismo, ou outra religião que não o Islão,
também podem ser punidos com execução. A diferença é que a maioria destes
países tolera a existência de comunidades cristãs, desde que não se envolvam em
proselitismo, mas o ateísmo não é tolerado.
Apesar das preocupações manifestadas pela organização, não há registo de
qualquer caso concreto de execução por ateísmo.
Contudo, não é só no mundo islâmico que existem situações graves. Os ateus
salientam que também na Europa e nos Estados Unidos há situações de
discriminação. Entre estes falam da Rússia e da Grécia, onde a Igreja Ortodoxa
é protegida, e no Reino Unido, onde os bispos da Igreja Anglicana têm lugar na
Câmara dos Lordes.
Nos Estados Unidos a queixa principal é um clima político e social no qual “os
ateus e outros não religiosos são levados a sentir-se menos americanos, ou não
americanos”.
Segundo o relatório há pelo menos sete estados onde existem emendas
constitucionais que proíbem ateus de assumir cargos públicos e num Estado, o
Arkansas, os ateus estão proibidos de testemunhar em tribunal.
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