As
extensões de saúde de Marinhais e da Glória do Ribatejo servem actualmente as
populações dessas freguesias, mas também as de Muge e do Granho e têm, cada
uma, apenas um médico ao serviço. Estamos a falar de 2 médicos para 12.000
utentes. Ou seja, quando o País tem, em média, cerca de 2.000 utentes por
médico, o concelho de Salvaterra de Magos tem 4 freguesias em que 6.000 pessoas dependem de um único médico
e ficam sem ele semanas a fio, como aconteceu recentemente na Glória do
Ribatejo, quando o médico vai de férias, de baixa ou tem uma indisposição.
Extensão de saúde da Glória do Ribatejo
Como
é que uma gestão conjunta dos centros de saúde, que é o ACES,
não consegue oferecer ao nosso concelho o mesmo tratamento que disponibiliza
aos outros?! Se os meios são insuficientes, os que existem têm de ser
partilhados.
Este
tratramento desigual já não é apenas ocasional é, tanto quanto nos vamos
apercebendo, uma opção da gestão. Ainda há poucos meses tínhamos 2 médicos em
cada uma daquelas extensões de saúde, o que já era aquém das necessidades, até
porque uma médica colocada na Glória do Ribatejo esteve mais tempo ausente do
que ao serviço. Mas agora a realidade é que só temos metade disso e a solução
que o ACES encontrou foi disponibilizar 10 consultas, repito, 10 consultas em
Salvaterra de Magos. Isto começa a raiar o ridículo!...
Extensão de saúde de Marinhais
Os
vereadores socialistas pediram na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos a ajuda da comunicação social na divulgação desta
realidade, mostrando o quase abandono em que se encontram 12.000 pessoas que
vivem a 60 Km de Lisboa, às portas daquela Área Metropolitana.
A
estas pessoas, em pouco mais de um ano, encerraram-lhes duas extensões de saúde
(Muge e Granho), tiraram-lhes os serviços postais e da Segurança Social,
terminaram com o transporte de passageiros em ferrovia (ramal de ligação à
linha do Norte, no Setil), querem fechar-lhes juntas de freguesia e agora
deixam-nos quase sem médicos! Com isto tudo, a que se deve adicionar a crise, a
austeridade, a perda de empregos e a falta de esperança no futuro é bem
possível que as coisas não se mantenham sempre tranquilas e nós não precisamos
de juntar a todos estes problemas outros tão ou mais graves!...
Extensão de saúde dos Foros de Salvaterra
O
papel dos autarcas é contribuir para as soluções, mas também é o de alertar
para os problemas quando são impotentes para os resolver. Ajudem-nos, por
favor.
a que pontos nós chegamos no nosso concelho. Estes anos todos sem investimento na ecónomia real, sem atrair empresas e emprego, sem desenvolvimento.. levou a este ponto. Só temos que agradecer ao BE e à Anita e amigos.
ResponderEliminarÉ também verdade que a cedência de anos a uma Ordem Profissional terá de algum modo condicionado a formação em medicina e desse modo os médicos de família começaram a escassear e a contratação no estrangeiro sai mais onerosa, o que em face do cenário de contração económica, que vivemos, trouxe problemas acrescidos. O que se exige é que pelo menos os que existam sejam redistribuídos e também é verdade que, ao longo dos anos, houve autarquias que deram incentivos a médicos para se instalarem e viverem nos seus concelho, no nosso isso nunca foi considerado últil ou uma prioridade da gestão municipal BE de que fala.
EliminarA causa do distanciaento e até desprezo do governo para o Concelho de Salvaterra de Magos é consequência da politica e das atitudes camarárias, principalente da chamada gestão da D. Anita Ribeiro. Não nos podeos queixar, não a tivessemos eleito. Agora queixem-se.
ResponderEliminarO rídiculo da questão também se faz sentir noutros aspectos:
ResponderEliminarQualquer cidadão pode e tem o direito de marcar uma consulta via Internet,
Tentei fazê-lo seguindo os passos que o portal da saúde manda executar... surpresa... passados dois anos do Centro de Saúde de Muge ter sido encerrado por aquela senhora que me apetece rotular mas depois o senhor não publicava o post, o utente fulano tal, nº tal, ainda faz parte do Centro de Saúde de Muge!?!?
Questionei a tal dita senhora e foi-me respondido que ainda não era dado definido o Centro de Saúde de Muge encerrar!! Rídiculo!!
Quem nos acode? Quem tem o dever de alterar este status quo?
AV
Repito a pergunta, porque ainda não obtive resposta.
ResponderEliminarQuem deve alterar esta situação real?
A Autarquia( freguesia de Muge?)
A Câmara Municipal?
A senhora de seu nome nâo seu quantos Portugal?
Devolvam-nos os direitos que deveríamos ter, façam alguma coisa, os politicos que mereceram bem ou mal os votos das pessoas...
Compreenderá certamente que a solução não pode ser encontrada por uma qualquer junta de Freguesia ou até por uma Câmara Municipal, pois o problema é nacional. Se a falta de médicos fosse só no n/ concelho seria de mais fácil resolução.
ResponderEliminarO que a Camará Municipal poderia ter feito, quando se começou a perceber que havia falta de médicos no País, era ter decidido criar condições financeiras, de habitação, ou outras que levassem os médicos a querer fixar-se no n/ concelho em vez de irem para outros. Decidiu não o fazer, nem a isso era obrigada.
A responsabilidade de gerir o sector da saúde em Portugal cabe ao Governo, e este problema tem décadas de erros acumulados, alguns dos quais, como disse anteriormente, cabem à Ordem dos Médicos que para proteger os seus membros sempre intercedeu no sentido de não se licenciarem médicos "a mais", para haver pleno emprego, e as consequências estão de algum modo à vista.
Transitoriamente os últimos Governos têm optado por contratar médicos no estrangeiro, só que estes profissionais não se fixam por muito tempo e daí estarmos ciclicamente com estes problemas, é por isso que se apela à coordenadora do ACES, Drª Luísa Portugal, para redistribuir os meios que tem pelos concelhos em falta e para exigir mais clínicos à Administração regional de Saúde de Lisboa e vale do tejo.
Não há, como pode ver, qualquer solução miraculosa. Talvez uma gestão da Câmara Municipal mais activa, actuante e presente tivesse já conseguido melhores resultados, mas nem isso é certo! Não podemos é deixar de falar no assunto.
De acordo com o articulado.
ResponderEliminarMas quem dá os cidadãos de Muge, e não sei se aos do Granho o direito de marcar uma consulta via Internet, como qualquer outro cidadão deste país?
È que dentro desta miséria de assistencia que dispomos terão de ser os representantes dos cidadãos, que pelo menos neste pormenor que relato e certamente, creio, será desconhecido por muitos utentes, não seremos nós utentes que o iremos ultrapassar.
Daqui o meu apelo então a que o senhor indague sff junto da dita Drª porque é que isto está nesta situação.