domingo, 9 de dezembro de 2012

O CARBONO É O PRINCIPAL ALIADO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS


São cada vez mais assustadores os dados que nos dão conta que a humanidade ainda não conseguiu travar a progressão das emissões de carbono (CO2). Sendo assim as alterações climáticas serão irreversíveis e com elas advirão um conjunto de fenómenos que dificultarão ainda mais a vida na Terra – aumento das temperaturas, degelos nos pólos, subida do nível médio das águas do mar, diminuição da fauna marítima por redução do alimento, maior número e intensidades mais gravosas das calamidades naturais, desertificação do planeta, etc.
Não quero ser alarmista, longe de mim tal papel, mas começa a ser mais do que tempo de a comunidade mundial encarar isto como uma ameaça a combater, numa guerra que se não vencermos é a nossa subsistência como espécie que fica posta em causa a prazo, com terminus que ninguém conhece com rigor.


Actualmente, as emissões de carbono (CO2) estão a níveis 14% superiores aos valores que têm que ser registados em 2020, de modo a evitar que as temperaturas aumentem mais do que 2ºC este ano, afirma em relatório o Programa Ambiental da ONU.
O estudo, intitulado de ‘Relatório do Diferencial de Emissões 2012', foi elaborado por 55 cientistas de 20 países para a Conferência das Alterações Climáticas que vão ter lugar na semana que vem no Qatar. No documento, os peritos dizem que as metas para 2020 "ainda são tecnicamente alcançáveis", mas que poderão ser "perdidas" a menos que os governos mundiais tomem "medidas rápidas".
Em adição, é sublinhado que, mesmo que todos os países cumpram com os cortes de emissões prometidos, as emissões de CO2 ainda deverão ser superiores em oito gigatoneladas ao inicialmente previsto para 2020.
"Oito é um número muito grande. É o equivalente à emissão de carbono de todo o sector industrial do mundo hoje em dia", afirmou Joseph Alcamo, cientista-chefe do Programa Ambiental da ONU (UNEP), citado pela BBC.
Para o director executivo da UNEP, Achim Steiner, o relatório "reavalia sobriamente a diferente entre as ambições e a realidade".

Países em desenvolvimento
Os especialistas têm alertado que o crescimento das economias da China e da Índia representa um dos maiores perigos para o aquecimento global, já que estes países estão entre os maiores poluidores do mundo e têm economias em rápido crescimento que necessitam de energia barata, em particular a do carvão. Mesmo que o Ocidente cumpra todas as medidas para reduzir as suas emissões, o crescimento chinês e indiano será mais do que suficiente para anular todos os esforços ocidentais e levar ainda a um crescimento em 25% das emissões em 2020, alertam.

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