Albert Einstein, 1921
O
físico Albert Einstein (1879-1955), laureado em 1921 com o Prémio Nobel da
Física, é um judeu alemão que, em 1933, fugiu para os Estados Unidos da América,
escapando à Alemanha Nazi e à chegada ao poder de Adolf Hitler.
Mensa Internacional, um dos mais completos exames de medição de QI do
mundo, considera que uma inteligência padrão chega aos 100 pontos, que um adulto com inteligência acima da média
pode atingir 130 pontos, Albert Einstein teria 160 pontos.
Talvez seja por
estas razões que o estudo do cérebro daquele físico ainda se mantém actual,
como está evidenciado na notícia que seguidamente se publica.
O fascínio vem de longe: enquanto
realizava a autópsia do físico, morto em 1955, o médico legista Thomas Harvey
removeu o seu cérebro e conservou-o em formol, tirando uma série de fotos antes
de cortá-lo em 240 blocos. Seguidamente, seccionou os blocos em cerca de 2000
lâminas para estudo microscópico e nos anos seguintes distribuiu as fotos e as
lâminas do cérebro por entre alguns importantes investigadores pelo mundo.
A autópsia revelou que o cérebro de
Einstein era menor que a média e análises subsequentes não mostraram nada de
anormal. Caso encerrado, aparentemente.
Décadas mais tarde, cientistas procuraram
Harvey atrás de algumas amostras do cérebro do físico e perceberam
características incomuns quando as analisaram.
Os estudos realizados mostraram que
partes do seu cérebro continham uma quantidade anormal de um tipo de células
chamadas gliais para cada neurónio. E que uma área do seu cérebro, o lobo
parietal, relacionado a funções espaciais e visuais, continha um padrão
diferente de sulcos e rugas. Agora, a antropóloga Dean Falk da Universidade do
Estado da Florida e colegas, analisaram 12 fotografias do cérebro de Einstein e
compararam os seus padrões estruturais com os de outros 85 cérebros de outros
estudos.
A descoberta mais importante refere-se
aos padrões extremamente complexos de certas partes do córtex cerebral de
Einstein, principalmente nos córtex pré-frontal e visual.
O córtex pré-frontal é especialmente
importante para o pensamento abstracto e para a realização das famosas
experiências mentais do físico, como aquele em que se imaginou a apostar uma
corrida com um raio de luz.
Falk também percebeu características
incomuns no córtex somatossensorial, que recebe informações
sensoriais do corpo. Os investigadores sugerem que tais áreas podem estar
relacionadas com as habilidades de Einstein com o violino.
Para
Sandra Witelson, neurocientista que já estudou o cérebro do físico, «isso deve
servir como um incentivo para outras investigações do cérebro de Einstein e das
consequências de suas variações anatómicas».
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