domingo, 2 de dezembro de 2012

CURIOSIDADE CIENTÍFICA NÃO ESQUECE EINSTEIN

Albert Einstein, 1921

O físico Albert Einstein (1879-1955), laureado em 1921 com o Prémio Nobel da Física, é um judeu alemão que, em 1933, fugiu para os Estados Unidos da América, escapando à Alemanha Nazi e à chegada ao poder de Adolf Hitler.
Mensa Internacional, um dos mais completos exames de medição de QI do mundo, considera que uma inteligência padrão chega aos 100 pontos, que um adulto com inteligência acima da média pode atingir 130 pontos, Albert Einstein teria 160 pontos.
Talvez  seja por estas razões que o estudo do cérebro daquele físico ainda se mantém actual, como está evidenciado na notícia que seguidamente se publica.


O fascínio vem de longe: enquanto realizava a autópsia do físico, morto em 1955, o médico legista Thomas Harvey removeu o seu cérebro e conservou-o em formol, tirando uma série de fotos antes de cortá-lo em 240 blocos. Seguidamente, seccionou os blocos em cerca de 2000 lâminas para estudo microscópico e nos anos seguintes distribuiu as fotos e as lâminas do cérebro por entre alguns importantes investigadores pelo mundo.
A autópsia revelou que o cérebro de Einstein era menor que a média e análises subsequentes não mostraram nada de anormal. Caso encerrado, aparentemente.
Décadas mais tarde, cientistas procuraram Harvey atrás de algumas amostras do cérebro do físico e perceberam características incomuns quando as analisaram.
Os estudos realizados mostraram que partes do seu cérebro continham uma quantidade anormal de um tipo de células chamadas gliais para cada neurónio. E que uma área do seu cérebro, o lobo parietal, relacionado a funções espaciais e visuais, continha um padrão diferente de sulcos e rugas. Agora, a antropóloga Dean Falk da Universidade do Estado da Florida e colegas, analisaram 12 fotografias do cérebro de Einstein e compararam os seus padrões estruturais com os de outros 85 cérebros de outros estudos.
A descoberta mais importante refere-se aos padrões extremamente complexos de certas partes do córtex cerebral de Einstein, principalmente nos córtex pré-frontal e visual.
O córtex pré-frontal é especialmente importante para o pensamento abstracto e para a realização das famosas experiências mentais do físico, como aquele em que se imaginou a apostar uma corrida com um raio de luz.
Falk também percebeu características incomuns no córtex somatossensorial, que recebe informações sensoriais do corpo. Os investigadores sugerem que tais áreas podem estar relacionadas com as habilidades de Einstein com o violino.
Para Sandra Witelson, neurocientista que já estudou o cérebro do físico, «isso deve servir como um incentivo para outras investigações do cérebro de Einstein e das consequências de suas variações anatómicas».

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