(Bancadas BE e PSD)
(Bancadas PS E CDU)
A Srª Presidente da Câmara
só chegou à reunião da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos no início do
ponto 4 da Ordem de Trabalhos.
Dos 21 deputados municipais
e 6 presidentes de junta, estiveram em todas as votações 26 membros da AM – 11 BE,
10 PS, 3 PSD e 2 CDU.
O
Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, Francisco
Cristóvão, começou por dizer que em face da evolução dos acontecimentos –
pedido de realização de referendo local por parte da bancada BE e apresentação
de proposta de pronúncia por parte da bancada PS – tinha ficado sem efeito a
realização de uma reunião de líderes de bancada que ele próprio tencionava
realizar, como comunicara na última Assembleia Municipal. Informou ainda que
este ano as senhas de presença que os deputados municipais e vereadores da
Câmara Municipal vão doar e que lhes eram devidas pela realização da Sessão Solene
do 25 de Abril, têm por destino o Desafio Jovem e o Centro de Bem Estar Social
de Marinhais.
O
período antes da Ordem do Dia
iniciou-se com o Sr. João Nunes (BE), presidente da junta de Salvaterra de
Magos, dando nota da entrega na Assembleia da República da petição com
4.277 assinaturas. Informou que foram recebidos pelo Sr. Vice-Presidente da AR
e pelos grupos parlamentares do PS, do BE e dos Verdes. Não foram recebidos
pelo PCP, PSD e CDS. [O deputado José Domingos (CDU) retorquiu que
de acordo com informação que obtivera esse pedido de audiência não havia
chegado ao grupo parlamentar do PCP].
Nuno
Antão (PS) apresentou uma proposta com vista a que a Câmara Municipal de
Salvaterra de Magos adira à Secção de Municípios da ANMP com
actividade taurina e que reconheça a tauromaquia como património imaterial
municipal. Acrescentou estar preocupado com a iniciativa BE que está no
seio da Assembleia da República e que, a ser aprovada, impediria a nossa Câmara
Municipal de ajudar financeiramente actividades taurinas, o que poderia
prejudicar a maior parte das Comissões de Festas no concelho, pois têm
actividades taurinas. [Em resposta o deputado João Abrantes (BE)
repudiou a tentativa de colagem do BE Salvaterra aos movimentos que são contra
a tauromaquia, pois os deputados BE querem continuar a ter e a viver esta
tradição].
A
proposta do PS foi aprovada apenas com 1 abstenção de deputado(a) BE.
O
deputado João Abrantes (BE) lamentou que depois do fecho da CP e de outros
serviços públicos agora era o posto de saúde de Marinhais que também
fechava devido a um incêndio. [Em resposta a Srª Presidente da Junta
de Freguesia de Marinhais informou-o de que a Junta de Freguesia contactara de
imediato a Drª Luísa Portugal, responsável pelo ACES da Lezíria, e
prontificou-se a proceder à limpeza das instalações. Obteve a informação de que
já havia empresa encarregue de fazer o trabalho e que o posto de saúde iria
abrir no decurso da próxima semana].
No
período da Ordem do Dia o deputado
João Abrantes (BE) criticou o Presidente da Assembleia Municipal por ter
colocado na Ordem de Trabalhos primeiro a proposta do PS de apreciação da Lei
22/2012 e só depois o pedido de referendo local solicitado pelo BE, quando o
fez primeiro. O esclarecimento dado pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal foi que
tinha agendado desse modo para proporcionar primeiro o debate da Lei e só
depois analisar-se um aspecto específico da mesma (referendar se deve ou não
haver pronúncia). Disse que aceitava a crítica mas que não acreditava que isso
pudesse ter qualquer influência no sentido de voto dos senhores deputados
municipais.
Os
pontos 2 e 3 da Ordem de Trabalhos foram aprovados por unanimidade. Num
autorizou-se a repartição por dois anos (2012 e 2013) dos encargos para concluir a
construção do Centro Escolar de Marinhais e no outro – no âmbito da Lei
dos Compromissos - permitiu-se que a Srª Presidente da Câmara possa continuar a
assumir a realização de despesas correntes até cerca de 100.000€.
O
deputado Nuno Antão (PS) iniciou a intervenção de apresentação da proposta
de pronúncia do PS em relação ao cumprimento da Lei 22/2012 - que exige a
redução do número das nossas freguesias – por sublinhar que o PS é contra este
diploma legal e que por isso votou contra ele na AR. Afirmou que o PS tinha
contribuído para a criação da actual estrutura que tem 6 freguesias e que
assumia o compromisso – de quando for possível – regressar à actual divisão
territorial das nossas freguesias. Lembrou que os autarcas socialistas estiveram em todas os momentos
de contestação a esta lei e que apresentaram sugestões, críticas e contributos na
Câmara, na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia. Explicou que se
nada for feito o concelho fica com apenas 3 freguesias, unindo as que existem
duas a duas, como é público. Disse que o PS não queria assistir a esta redução
de freguesias sem nada fazer para o evitar, que não ia meter a cabeça na areia.
Lembrou que os autarcas também são eleitos para cumprir as leis, mesmo quando
delas divergem, como é o caso. Informou por fim que o PS tinha contactado com
outras forças partidárias e que tinha introduzido uma alteração á sua proposta
depois de falar com o PSD. A Assembleia Municipal deixaria de apontar como
solução preferencial a união do Granho à Glória do Ribatejo, ainda que na
proposta inicial do PS já se falasse que uma decisão contrária da Assembleia de
Freguesia do Granho seria o bastante para determinar outra união. Contudo, ficou
apenas no texto que será a AF Granho a decidir com quem entenderá preferível
unir-se
(Muge, Marinhais ou Glória do Ribatejo).
O
deputado José Domingos Lobo (CDU) apelidou esta proposta de cinismo político, lembrando
que o PS nem sequer cumpriu a lei das finanças locais, quando foi governo.
Disse que o PS estava a claudicar na luta e contestação. A proposta da CDU era
ser-se contra a extinção de freguesias e no País essa devia ser a posição assumida
por todos os órgãos autárquicos.
O
deputado João Abrantes (BE) criticou o facto de ter havido referências ao BE acusando-o
de querer extinguir 3 freguesias. O BE defende é que primeiro se pergunte às
pessoas se querem ou não a pronúncia da AM. Só depois, se for essa a vontade
das pessoas, apresentará a sua proposta de pronúncia.
O
autarca João Nunes (BE) afirmou que o PS não está isento de culpas, pois a “troika”
veio para Portugal pela mão do PS e que o PS na discussão da especialidade da
Lei na Assembleia da República não apresentou nenhuma alteração. [Noutra
fase do debate Nuno Antão disse que o PS estava disponível para reflectir
o tema do Poder Local mas que para isso era preciso começar pelas competências,
pelo financiamento, pelas leis eleitorais e só depois se chegaria à
reorganização do território].
O
deputado João Filipe (PSD) afirmou que o PSD Salvaterra é contra a extinção de
freguesias no concelho. O PSD subscreve o conteúdo da proposta do PS, excluindo
alguns dos seus considerandos e pretende que seja a AF do Granho a decidir com
quem se unir, embora lhe pareça que deva ser com Muge por razões históricas.
A
deputada Sandra Caçoila (BE) apelidou esta reforma do poder local de
pseudo-reforma, defendeu a consulta ao povo e criticou o PS por não o querer
realizar e assim não respeitar Abril.
O
Sr. Joaquim Ventura (BE), presidente da junta do Granho, afirmou que o PS não
respeitava o Granho e que até já faz leis definindo onde ficam as sedes das
novas juntas de freguesia.
O
deputado Carlos Leal (PS) referiu que não havia qualquer outra proposta, para
além da duvidosa realização de um referendo. Recordou que a lei está promulgada
e publicada e que o que o PS tenta é encontrar soluções para “salvar” o maior
número de freguesias. E na Lei não há qualquer saída que permita salvar o
Granho.
O PS
sugeriu que a votação da sua proposta fosse feita por voto secreto. Opuseram-se
10 deputados (9 BE e 1 CDU), abstiveram-se 5 deputados (3 PSD e 2 BE) e votaram
a favor do escrutínio secreto 11 deputados (10 PS e 1 CDU).
A proposta de pronúncia PS que
visa propor à Unidade Técnica na Assembleia da República a manutenção de 5
freguesias, deixando à AF do Granho a decisão de determinar com quem se unirá (e
é o Granho porque os critérios da lei não protegem, nas uniões a fazer, as
freguesias menos populosas) foi aprovada
por 15
votos a favor e 11 contra.
No
último ponto da Ordem de Trabalhos debateu-se o mérito ou a irrelevância da
realização de um referendo local. O BE continuou a afirmar que sem ele não
está em condições de se pronunciar pois a extinção de freguesias não consta do
seu programa eleitoral, o PS sublinhou alguns aspectos de incumprimento da
lei dos referendos locais e de que não tem qualquer dúvida que as pessoas
querem a manutenção das suas freguesias. Contudo a realização do referendo não
suspende a aplicação da lei e portanto fazê-lo é uma não solução.
O PS
voltou a solicitar que a votação da proposta de referendo fosse por voto
secreto. Opuseram-se 10 deputados BE, absteve-se 1 deputado BE e votaram a
favor do escrutínio secreto 15 deputados (10 PS, 3 PSD e 2 CDU). A proposta de referendo BE foi reprovada com
14 votos não, 10 sim e 2 abstenções.
No
final dos trabalhos João Nunes (BE) disse que não seria candidato, em 2013, a
nenhuma freguesia.
No
período destinado ao público
interveio apenas um munícipe de Salvaterra de Magos - estiveram a assistir a esta Sessão da AM dezenas de cidadãos - insurgindo-se contra o
facto de haver imensos dejectos de cães, existentes em quintais vizinhos, que
acabam por se acumular junto à sua porta do quintal. Em resposta a Srª
Presidente da Câmara disse-lhe que os Serviços de Fiscalização, até hoje, não
conseguiram confirmar no local as suas reclamações.
Então a minha Presidente de Junta dos Foros votou contra a proposta do PS?!!
ResponderEliminarCaro amigo,uma proposta que vai ao encontro de uns e desencontro de outros, mas que è uma proposta pura sem enganos, e que leva á manutenção dos Foros de Salvaterra de Salvaterra, Glória, Marinhais e Muge e surpreendeme os votos contra da Presidente dos Foros e do Presidente de Salvaterra, eu queria ver se a Lei 12-2012, contemplasse a extinsão das Freguesias SEDE DE CONCELHO tivessem que ser extintas o SR. João Nunes tinha um comportamento tão sereno, e se votava contra esta Proposta, Acorde Sr.a Presidenta dos FOROS; Realmente o livro de SARAMAGO tem um belo Titulo?????.Ao Sr. Presidente do Granho è natural e compreende-se a sua revolta, mas não se revolte contra o PS, mas sim contra o Governo PSD, porque na Lei já está espelhado a sua extinsão,mas continuo solidário com o povo do Granho e o Sr. Presidente, mas que no meio desta luta tenham a pertinácia e a astúcia de escolher o melhor para o povo do Granho e não è com raiva e rancor que se tem as melhores soluções. Bem haja a todos
EliminarFalou-se nos valores de Abril.
ResponderEliminarQuem falou conhece antes Abril?
Que perdou a minha ignorãncia mas eu não me lembro na Freguesia de Muge e na Freguesia de Salvaterra um referendo para existir a Freguesia do Granho e a Freguesia dos Foros.
Estas duas Freguesias foram criadas após Abril.
Quem perdeu foi o povo, que após a instalação da Junta de Freguesia no GRANHO, o povo confiou a sua liderança a quem nunca lutou pela fixação e crescimento da população. Quando se ouvia falar em Juntas de Freguesia a subsidiarem a natalidade, tudo se riu, agora essas mesma freguesia vão continuar a ser freguesia, e os que se riam vão ser agregados. Os Presidentes tinham como certo a Junta de Freguesia e nunca se preocuparam com mais nada, a não ser, ser PRESIDENTE. Agora, tal como diz o sábio povo, "Casa assaltada, trancas nas portas"... é por isto que o povo do Granho se encontra resignado, pela inercia de todos os politicos locais durante tanto anos...
ResponderEliminarAssinatura,
Mais um resignado
Gostaria de perguntar se há greve na recolha de RSU em Marinhais???
ResponderEliminaré que os contentores já não têm capacidade para mais lixo, ajudem-nos a manter a freguesia limpa e saudável.