CADA TIRO CADA MELRO

(Parecem iguais mas...)

Não vale a pena perdermos muito mais tempo com o não-caminho proposto pelo Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos para a resolução dos problemas - que nos são colocados pela Lei 22/2012 - de reorganização das nossas freguesias.

Já falámos dos erros associados à pergunta para referendo (ver post de 4 de Junho último), já explicámos a absoluta irrelevância de o realizar pois aquela lei dá a possibilidade às Assembleias Municipais de se pronunciarem e não confere a decisão a qualquer referendo local. Já provámos (ver post de 10 de Junho de 2012) que a solução proposta para o concelho de Salvaterra de Magos é uma mera cópia da solução, datada do dia anterior, apresentada para o concelho de Palmela.

Mas os enganos, as cópias mal feitas e as contradições não ficam por aqui, demonstrando mais uma vez a incapacidade que o Bloco de Esquerda demonstra para tratar com rigor uma questão da máxima importância no concelho de Salvaterra de Magos.

No dia 31 de Maio de 2012 o BE Salvaterra defende a realização de um referendo para saber se a nossa Assembleia Municipal se deve ou não pronunciar, curiosamente no mesmo dia o órgão oficial do BE (recorte abaixo) defende também a realização de um referendo mas depois da Assembleia Municipal se pronunciar e para validar o seu conteúdo.

(in http://esquerda.net/opiniao/referendos-contra-lei-mata-freguesias/23365)

Ou seja, em Salvaterra de Magos não se quer a pronúncia da Assembleia Municipal que o BE Lisboa exige para poder fazer um referendo. Daqui parece resultar que temos de referendar o referendo. 

O melhor é perguntar primeiro em referendo se o povo acha que antes de se fazer um referendo ao CONTEÚDO da pronúncia da Assembleia Municipal se deve fazer um outro referendo para saber se há pronúncia ou não.

Confusos?!... Seguramente menos do que os autarcas da maioria!...

Post Scriptum:

Como podem ler no último recorte todos os partidos PSD, PS, CDS, PCP votaram contra a possibilidade de se fazerem referendos locais vinculativos para discutir esta matéria, pois seria uma decisão que a Constituição reprovaria, mas também aqui fica evidente que quando todos estão contra o projecto do BE são todos os outros que estão errados e não os próprios?!...