terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O (DES)INTERESSE PELAS ASSOCIAÇÕES E COLECTIVIDADES


Uma das razões que levou os vereadores eleitos em listas do Partido Socialista a não votarem favoravelmente o Plano e o Orçamento da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para 2013 foi o facto de verem sistematicamente reduzidas as verbas que são propostas pela maioria BE para as nossas associações e colectividades. Em apenas dois anos, de 2011 para cá, a autarquia reduziu a metade o apoio àqueles que proporcionam às nossas crianças práticas saudáveis de ocupação dos seus tempos livres e que pugnam pela massificação desportiva.


Mais do que muitas palavras o gráfico acima é elucidativo do crescente “desinteresse” municipal pela actividade e trabalho gracioso dos dirigentes associativos, pois só isso explica que num ano em que as famílias mais dificuldades sentirão para ajudar associações que proporcionam a seus filhos e netos prática desportiva e competitiva a Câmara Municipal aproveite para “desviar” verbas desta rubrica orçamental para outras que talvez proporcionem mais propaganda à próxima candidatura autárquica do BE, mas que seguramente não são tão importantes para as nossas crianças e jovens.


É aqui que mais nos afastamos da actual gestão camarária, centralista, que tudo quer tutelar e controlar, pois para nós uma autarquia incentiva, apoia, cria condições, para que os cidadãos se reúnam em torno de projectos e objectivos comuns, sejam eles desportivos, culturais ou recreativos. A autarquia procura mobilizar as pessoas com apetência ou sensibilidade para a arte, cultura e o associativismo, não se substitui a elas, proporciona antes as condições logísticas para que possam desenvolver a sua actividade e cativem novos e mais “praticantes”. Ajuda, ainda, na divulgação - no território municipal, regional e nacional - do "produto" do seu trabalho, não pode é em dois anos cortar a meio as condições financeiras que lhes oferecia. Isso também é insensibilidade social.

9 comentários:

  1. Em Salvaterra(Concelho)criam-se colectividades como cogumelos no seguimento de uma estratégia da Srª Ana de dividir para reinar. Conforme demonstrado as verbas disponibilizadas a essas colectividades é cada vez menos suficiente. Da conjugação destes 2 factores aos quais se soma a responsabilização pessoal dos membros dos orgãos sociais pelas contas das colectividades que representam, resulta um desinteresse e até mesmo algum receio em assumir funções nos orgãos sociais nas mesmas, o que conduzirá sem duvida á extinção das associações cujo unico objectivo é promover as actividades de tempo livre. Assim deixo a sugestão de se convocar uma reunião abrangente entre as diversas colectividades para discutir e determinar soluções para problemas que são comuns a todas, combatendo o "dividir para reinar" com um "União faz a força"

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro EA, a sua sugestão é pertinente. Se não for antes, esperemos que os próximos cidadãos que se disponibilizem a ser autarcas possam abraçar a sua ideia e funcionem como polo dinamizador da mesma.

      Eliminar
  2. Aos anónimos que "não percebem" o gráfico recomendo a leitura no site da Câmara Municipal das Grandes Opções do Plano para 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 e ficarão em condições de avaliar e entender o rigor do gráfico acima.

    ResponderEliminar
  3. Segui o seu conselho e dei-me ao trabalho de procurar esses documentos.
    " Percebi" que as verbas são em grande parte para as associações que os amigos dirigentes são da mesma côr.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Essa é a sua "leitura" dos documentos. Eu prefiro entender que as associações nada têm que ver com o exercício político e é lamentável que alguns as tentem rotular ou envolver nessa luta, que alguns travam sem respeito pelo próximo pelo simples facto de ser um adversário. Também isso vai ter de mudar (e muito) neste concelho, pois de outra forma estaremos longe de alcançar a democracia política. As pessoas têm medo de se envolver, receando ser destratadas.
      É natural que muitos dos dirigentes associativos tenham votado BE, afinal a maioria dos cidadãos votou BE, agora os dirigentes são de todos os quadrantes políticos e vão mudando ao longo dos anos. O que é importante é que os haja, sejam eles adeptos de uma ou outra candidatura que possa vir a surgir, até porque as colectividades "vivem" para além dos períodos eleitorais. Eu prefiro reconhecer o seu esforço e dedicação à causa que abraçaram, na esmagadora maioria dos casos de modo gracioso. Bem hajam, por isso!

      Eliminar
  4. As associações nada tem a ver com o exercício politico, é claro que estou de acordo com o senhor.
    Os dirigentes voluntarios, e dos quais me orgulho de fazer parte, e de modo gracioso, como é o caso pessoal, são de todos os quadrantes politicos, também é verdade.
    O que não está correcto, e sei do que falo, é que quem não é da côr da senhora, é relegado, esquecido, por muito que ao senhor lhe custe admitir essa verdade de La Palisse, e repito, consubstanciada nesses documentos. Mas como diz, é a minha" leitura". mas acredite que é a leitura de quem sofre na pele essa diferença de tratamento.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não ponho em dúvida o que me diz, aliás isso não se passa só com uma colectividade do concelho, mas não me leve a mal, prefiro que o debate ou a discussão política não se faça em torno das associações e colectividades... elas têm de continuar independentemente dos autarcas eleitos... o seu envolvimento creio que as prejudica. Fica no entanto o registo do seu testemunho.

      Eliminar
  5. Falo como dirigente associativo e estou de acordo com o anonimo somos o unico clube de pesca do concelho de salvaterra de magos no ativo e em 6 anos de actividade nunca recebemos quaisquer apoio da camara porque eu sou contra a senhora e ela sabe portanto não ha dinheiro.

    custodio gomes

    presidente da direção

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. CAMARADA A TUA JUNTA QUE TE AJUDE,OU TAMBEM ÉS CONTRA O PRESIDENTE DA JUNTA.

      Eliminar