sábado, 12 de janeiro de 2013

UM ANO A OLHAR O CÉU


A proximidade das trajectórias de asteróides e cometas vai fazer as delícias daqueles que acompanham, com maior dedicação, os acontecimentos astronómicos. Vamos poder ver a “deambular” – a uma distância segura da Terra – alguns corpos gelados e/ou rochosos, alguns deles que surgiram há muitos milhões de anos. São pedaços de história da formação da nossa galáxia,  errantes, que nos “visitam” de tempos a tempos.


O ano de 2013 é uma raridade para os astrónomos, que vão poder admirar dois asteróides e dois cometas, alguns dos quais numa órbita tão perto da Terra que serão visíveis até pelos amadores.
Esta semana foi o asteróide "99942 Apophis" que visitou a Terra. Os radares da NASA que estavam direccionados para ele, viram-no passar a 9 de Janeiro, a cerca de 14,5 milhões de quilómetros.
O asteróide "2012 DA14" (com 57 metros de diâmetro) é menor do que o "Apophis", mas vai mover-se muito mais perto da Terra a 15 de Fevereiro: 34.500 km de altitude, o que significa que vai passar na órbita dos satélites geo-estaccionários.
Se os asteróides são essencialmente compostos por rocha e por metal, os cometas são compostos por gelo e por poeira. Estes viajantes solitários formaram-se quando o sistema solar nasceu e giram à volta do Sol com frequências que variam muito, desde alguns anos a vários milhões. Quando se aproximam da nossa estrela, o calor é tal que liberam gases e um rasto de poeira que se reflecte na luz do sol. É a este fenómeno que chamamos a "cauda" dos cometas.
O primeiro que vem visitar o planeta azul este ano chama-se "2011 L4", apelidado de "Panstarrs", o nome do telescópio instalado na Universidade do Havai, que o detectou em 2011. O "Panstarrs" deve atingir o seu ponto mais brilhante entre 8 e 12 de Março.
Porém, é o cometa "ISON" (International Scientific Optical Network) que deve obter maior sucesso junto do público. De acordo com alguns cálculos, o "ISON" pode ser visível a olho nu, logo depois do pôr-do-sol, no final de Novembro, um fenómeno raro que deve prolongar-se por vários meses. 

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