Do
ponto de vista ambiental a notícia que seguidamente se publica é um primeiro
passo. Com efeito os recipientes de plástico, com água, assumem um volume
importante no conjunto dos resíduos sólidos, como se pode constatar no
dia-a-dia. Há, no entanto, que ponderar também o custo energético que é
dispendido para produzir aquela embalagem de plástico, a maior parte da qual
não é sequer reciclada.
A
proibição de vender água em garrafas com menos de 1 litro de capacidade,
decidida numa cidade norte-americana é de algum modo o regresso a soluções que
eram comummente utilizadas num passado recente. A opção, se os cidadãos se
habituarem e adaptarem à ideia, tem tudo para dar certo, pois é ambientalmente
amigável.
A cidade de Concord, no Estado do
Massachusetts, no nordeste dos EUA, tornou-se no início do ano a primeira a
proibir as garrafas de água pequenas de plástico por motivos ambientais.
A medida (que pode ser consultada no site da cidade) tinha sido votada em abril do ano passado,
durante uma reunião pública, sendo aprovada por 403 votos e rejeitada por 364.
Em setembro, o procurador do Estado ratificou a decisão, mas a proibição só
entrou em vigor no dia 1 deste ano.
A decisão também estipula que entretanto pode ser suspensa, se a sua aplicação
se revelar demasiado cara no futuro. Atualmente, as garrafas à venda terão de
ter no mínimo um litro.
Se não
cumprirem a nova medida, as lojas locais - que já se manifestaram contra -
serão multadas em 50 dólares. Contudo, em situações de emergência na cidade as
garrafas poderão voltar a ser distribuídas.
Avó contra a poluição
Esta interdição tinha sido promovida
durante três anos por uma octogenária da pequena cidade de 16 mil habitantes,
situada a 30 quilómetros a leste de Boston.
Jean Hill, de 84 anos, foi depois apoiada pelo movimento "Proíbam a
Garrafa" ("Ban the
Bottle") , que denuncia a poluição criada pelos recipientes em plástico, dos quais muitos não são reciclados.
O movimento realça ainda que a água engarrafada custa mais de mil vezes que a
da torneira. "Os vendedores de água engarrafada tiram-na dos nossos
aquíferos e depois revendem-na a nós", afirmara Hill ao jornal "The
New York Times", em 2010, citada pela agência noticiosa AFP.
Esta avó foi sensibilizada para o problema das garrafas de plástico pelo seu
neto, de 10 anos, que lhe falou da quantidade elevada de resíduos no Oceano
Pacífico.
38 mil milhões de garrafas no lixo
Segundo o
"Proíbam a Garrafa", os norte-americanos consumiram mais de 50 mil
milhões de pequenas garrafas de água de plástico em 2007, das quais apenas
foram recicladas 23%, o que significou que 38 mil milhões acabaram no lixo.
O movimento assegurou que vários campus
escolares norte-americanos já proibiram as garrafas pequenas de água.
(Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cidade-norte-americana-proibe-garrafas-de-agua-pequenas=f777094#ixzz2GvY4DsVk)
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