Com
efeito o telescópio espacial norte americano Kepler, lançado em 6 de Março de
2009 pela NASA, não tem deixado de cumprir com eficácia a sua missão: encontrar planetas fora do sistema solar.
A
“busca” é especialmente cuidada na chamada
zona habitável, distância a uma estrela que permite haver água líquida e,
portanto, condições favoráveis ao desenvolvimento da vida como a conhecemos. É
um trabalho incessante pois creio que o número de estrelas a prescrutar (mais
brilhantes) rondará as 100.000.
São 461 candidatos a novos planetas, quatro deles com menos do dobro da
dimensão da Terra, e acabam de ser descobertos pelo telescópio espacial Kepler,
da NASA.
Os quatro planetas mais parecidos com a Terra orbitam estrelas a uma
distância que os coloca na chamada zona habitável, isto é, na zona do
respectivo sistema planetário onde poderá existir água no estado líquido à
superfície do planeta que permita a emergência de vida.
Até agora o Kepler já detetou 2740 candidatos a planetas a orbitar mais
de duas mil estrelas, mas as descobertas mais recentes mostram um aumento
significativo do número de planetas de dimensões mais pequenas (próximas da
Terra) e do número de estrelas com mais de um candidato a planeta.
Há também cada vez mais potenciais planetas detetados de dimensão mais
pequena com órbitas de longo periodo semelhantes à Terra, o que significa que
"já não se trata de saber se vamos encontrar uma gémea da Terra, mas
quando isso vai acontecer", sublinha Steve Howell, cientista da NASA
ligado à Missão Kepler.
Jack Lissauer, cientista planetário da NASA, explica por sua vez que
"o grande número de sistemas com vários potenciais planetas encontrados
pelo Kepler (467) mostra que uma parte substancial dos planetas extrasolares
pertence a sistemas multiplanetários, o que é consistente com o que sabemos
sobre o nosso próprio Sistema Solar".
Claro que há mais candidaturas do que certezas, porque até agora os
astrofísicos identificaram "apenas" 900 planetas extrasolares.
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