Uma das razões que levou os vereadores
eleitos em listas do Partido Socialista a não votarem favoravelmente o Plano e
o Orçamento da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para 2013 foi o facto de
verem sistematicamente reduzidas as verbas que são propostas pela maioria BE
para as nossas associações e colectividades. Em apenas dois anos, de 2011 para
cá, a autarquia reduziu a metade o apoio àqueles que proporcionam às nossas
crianças práticas saudáveis de ocupação dos seus tempos livres e que pugnam
pela massificação desportiva.
Mais do que muitas palavras o gráfico
acima é elucidativo do crescente “desinteresse” municipal pela actividade e trabalho gracioso dos dirigentes associativos, pois só isso explica que num ano em que as famílias mais
dificuldades sentirão para ajudar associações que proporcionam a seus filhos
e netos prática desportiva e competitiva a Câmara Municipal aproveite para “desviar”
verbas desta rubrica orçamental para outras que talvez proporcionem mais
propaganda à próxima candidatura autárquica do BE, mas que seguramente não são
tão importantes para as nossas crianças e jovens.
É aqui que mais nos afastamos da
actual gestão camarária, centralista, que tudo quer tutelar e controlar, pois para nós uma
autarquia incentiva, apoia, cria condições, para que os cidadãos se reúnam em
torno de projectos e objectivos comuns, sejam eles desportivos, culturais ou
recreativos. A autarquia procura mobilizar as pessoas com apetência ou
sensibilidade para a arte, cultura e o associativismo, não se substitui a elas,
proporciona antes as condições logísticas para que possam desenvolver a sua actividade e cativem novos e mais “praticantes”. Ajuda, ainda, na divulgação - no território
municipal, regional e nacional - do "produto" do seu trabalho, não pode é em dois anos
cortar a meio as condições financeiras que lhes oferecia. Isso também é insensibilidade social.
Em Salvaterra(Concelho)criam-se colectividades como cogumelos no seguimento de uma estratégia da Srª Ana de dividir para reinar. Conforme demonstrado as verbas disponibilizadas a essas colectividades é cada vez menos suficiente. Da conjugação destes 2 factores aos quais se soma a responsabilização pessoal dos membros dos orgãos sociais pelas contas das colectividades que representam, resulta um desinteresse e até mesmo algum receio em assumir funções nos orgãos sociais nas mesmas, o que conduzirá sem duvida á extinção das associações cujo unico objectivo é promover as actividades de tempo livre. Assim deixo a sugestão de se convocar uma reunião abrangente entre as diversas colectividades para discutir e determinar soluções para problemas que são comuns a todas, combatendo o "dividir para reinar" com um "União faz a força"
ResponderEliminarCaro EA, a sua sugestão é pertinente. Se não for antes, esperemos que os próximos cidadãos que se disponibilizem a ser autarcas possam abraçar a sua ideia e funcionem como polo dinamizador da mesma.
EliminarAos anónimos que "não percebem" o gráfico recomendo a leitura no site da Câmara Municipal das Grandes Opções do Plano para 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 e ficarão em condições de avaliar e entender o rigor do gráfico acima.
ResponderEliminarSegui o seu conselho e dei-me ao trabalho de procurar esses documentos.
ResponderEliminar" Percebi" que as verbas são em grande parte para as associações que os amigos dirigentes são da mesma côr.
Essa é a sua "leitura" dos documentos. Eu prefiro entender que as associações nada têm que ver com o exercício político e é lamentável que alguns as tentem rotular ou envolver nessa luta, que alguns travam sem respeito pelo próximo pelo simples facto de ser um adversário. Também isso vai ter de mudar (e muito) neste concelho, pois de outra forma estaremos longe de alcançar a democracia política. As pessoas têm medo de se envolver, receando ser destratadas.
EliminarÉ natural que muitos dos dirigentes associativos tenham votado BE, afinal a maioria dos cidadãos votou BE, agora os dirigentes são de todos os quadrantes políticos e vão mudando ao longo dos anos. O que é importante é que os haja, sejam eles adeptos de uma ou outra candidatura que possa vir a surgir, até porque as colectividades "vivem" para além dos períodos eleitorais. Eu prefiro reconhecer o seu esforço e dedicação à causa que abraçaram, na esmagadora maioria dos casos de modo gracioso. Bem hajam, por isso!
As associações nada tem a ver com o exercício politico, é claro que estou de acordo com o senhor.
ResponderEliminarOs dirigentes voluntarios, e dos quais me orgulho de fazer parte, e de modo gracioso, como é o caso pessoal, são de todos os quadrantes politicos, também é verdade.
O que não está correcto, e sei do que falo, é que quem não é da côr da senhora, é relegado, esquecido, por muito que ao senhor lhe custe admitir essa verdade de La Palisse, e repito, consubstanciada nesses documentos. Mas como diz, é a minha" leitura". mas acredite que é a leitura de quem sofre na pele essa diferença de tratamento.
Não ponho em dúvida o que me diz, aliás isso não se passa só com uma colectividade do concelho, mas não me leve a mal, prefiro que o debate ou a discussão política não se faça em torno das associações e colectividades... elas têm de continuar independentemente dos autarcas eleitos... o seu envolvimento creio que as prejudica. Fica no entanto o registo do seu testemunho.
EliminarFalo como dirigente associativo e estou de acordo com o anonimo somos o unico clube de pesca do concelho de salvaterra de magos no ativo e em 6 anos de actividade nunca recebemos quaisquer apoio da camara porque eu sou contra a senhora e ela sabe portanto não ha dinheiro.
ResponderEliminarcustodio gomes
presidente da direção
CAMARADA A TUA JUNTA QUE TE AJUDE,OU TAMBEM ÉS CONTRA O PRESIDENTE DA JUNTA.
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