Arborizar parece ser a palavra-chave.
Com a escassez de água e os custos crescentes que este bem vai assumindo na
nossa vida, a opção por árvores pode ser uma solução cada vez mais útil para
embelezar espaços verdes: O recurso à arborização humaniza os nossos centros
urbanos, cria locais de lazer e de convívio entre a população e - ficamos a
sabê-lo pela notícia que se reproduz seguidamente – dá um relevante contributo
para a redução dos níveis de poluição.
Uma
equipa de cientistas do Reino Unido recomendou a plantação de mais árvores
ou outra vegetação nas ruas das cidades para melhorar a qualidade do ar.
Para
além do seu papel fundamental de produção de oxigénio, as plantas
também removem o dióxido de azoto e partículas do ar, prejudiciais à saúde
humana.
Os
centros das cidades estão normalmente sujeitos a níveis bastante elevados
de poluição. O grande tráfego das cidades associado a ruas estreitas rodeadas
por prédios altos conduz a acumulação de poluentes no ar.
Normalmente
as iniciativas para reduzir a poluição do ar nas cidades incidem sobre a
principal fonte de poluentes, os veículos automóveis. O coautor do estudo Rob
MacKenzie, da Universidade de Birmingham deu como exemplo o abate de veículos
antigos, a utilização de catalisadores e as taxas de trânsito”. Contudo,
segundo MacKenzie, “estas medidas não tiveram o efeito desejado.”
“A
implementação de mais [paredes verdes] de forma estratégica pode ser uma
forma relativamente fácil de controlar os problemas locais de poluição”,
acrescenta. As paredes verdes podem ser construídas por plantas trepadeiras
como a hera, colocadas em estruturas semelhantes a placares publicitários.
Para
realizar este estudo, a equipa utilizou um modelo de computador que relaciona a
retenção de ar nas ruas das cidades, devido à presença de prédios altos, com a
acumulação da poluição ao nível da rua.
Estudos
anteriores mostraram que tornar os espaços urbanos mais verdes reduziria 5% a
poluição do ar. Este estudo sugere que a colocação estratégica de vegetação nas
ruas pode reduzir o dióxido de azoto em 40% e as partículas em 60%.
Os
resultados deste estudo foram publicados na revista Environmental Science and
Technology.
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