Conciliar a vida profissional e a vida familiar é um dos maiores desafios do nosso modo de vida, e o resultado tem sido alargar os horários de creches, jardins-de-infância e colégios, onde as crianças ficam cada vez mais tempo.
A situação tem piorado com a crescente desvalorização do trabalho em face dos números do desemprego, do aumento da insegurança contratual, da redução de salários e do alargamento do tempo laboral.
Não se perspectivam a breve prazo dias melhores. A contracção económica, a falta de consciência social de muitos dos nossos empresários ou dos gestores e a situação de falência em que muitas famílias se encontram não augura - como a baixíssima taxa de natalidade bem evidencia - um futuro risonho se nada for feito para alterar este estado de coisas.
Cada vez há menos casamentos, os jovens permanecem mais anos em casa dos pais ou emigram, o primeiro filho nasce o mais tarde possível para não prejudicar a estabilidade no emprego, os adolescentes e jovens passam largas horas do dia sozinhos e pouco ou nada se vislumbra possa ser feito para inverter esta situação. Isso talvez explique a "falta de ambição" da Recomendação da Assembleia da República que se publica seguidamente.
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