Aproxima-mo-nos da conclusão do 3º ano
de mandato autárquico. Tivemos oportunidade neste período de férias – porque
escapamos à “correria” do dia-a-dia profissional, familiar e de envolvimento
cívico/político – de reflectir um pouco mais as posições que vamos assumindo
nos diversos órgãos autárquicos, o esforço que diariamente fazemos para manter
a comunicação e a informação à população, o empenho que colocamos na causa
pública o que pode ser aferido pelo conjunto de intervenções – mais de duas
centenas – que fizemos (e vamos continuar a fazer) no local próprio, a Câmara Municipal, alertando para
dificuldades, problemas e constrangimentos que importa ultrapassar e sugerindo
caminhos que podem contribuir para a sua resolução.
A actual maioria tem uma visão
estreita do que é a prática da democracia representativa, como fica demonstrado
pelo absoluto afastamento e silenciamento dos vereadores da “dita” oposição de
todos os órgãos de comunicação da autarquia – site, boletim municipal, etc –
assim como de todas as iniciativas públicas da Câmara Municipal, órgão para o
qual todos os vereadores foram eleitos e não apenas os do BE.
A actual maioria optou por um governo
da autarquia autocrático, centralizado numa única pessoa, que tudo pode e tudo
decide, que foi descartando impunemente - e de modo caprichoso - vereadores e todo o tipo de
colaboradores (adjuntos, chefes de gabinete, etc) que a própria escolhera em momento anterior.
A actual maioria assenta toda a sua
actividade nos anos das eleições procurando passar nessa altura uma ideia de
dinamismo que colhe resultados em período eleitoral mas que não contribuiu para
o desenvolvimento económico do concelho, para a dinamização das actividades
económicas, para o alargamento do tecido empresarial, para o combate ao
desemprego, para a fixação dos jovens, ou para a criação de uma política
cultural consistente.
É neste contexto que os actuais
autarcas socialistas procuram fazer a diferença – trabalhando, envolvendo-se e
importando-se todos os dias do mandato e não apenas quando surgem as
eleições. CUIDAR DO DIA-A-DIA e tentar fazer por todos nós têm sido as razões
que motivam e balizam a nossa dinâmica autárquica.
Sabemos que a actual maioria vai
tentar manter o Poder a todo o custo. O Poder pelo Poder! Qualquer alternativa
a esta tentativa de sucessão BE só se justificará e imporá se for credível. A
credibilidade advém da confiabilidade. A confiança só se alcança trabalhando,
com respeito pelos outros e em particular pelos adversários, todos os
dias. É o que temos feito e é o que tem de continuar a ser feito a partir de 2013.
A demagogia e o populismo político que
tem caracterizado a gestão BE, assim como a maledicência e a intriga contra os
opositores que em cada momento surjam, vão ter de dar o lugar ao pluralismo, à
correcção, ao debate, ao esforço, ao trabalho quotidiano e ao mérito, doutro
modo não valeria de muito a mudança!...
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