terça-feira, 6 de março de 2012

PRESIDENTES DE JUNTA CONTRA AGREGAÇÃO DAS FREGUESIAS


Tal como vimos afirmando neste espaço (e já o dissemos também nas reuniões da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos), os autarcas socialistas, a maioria BE e a bancada da CDU na Assembleia Municipal não aceitam a redução do número de freguesias que está a ser imposta ao concelho de Salvaterra de Magos, por força de uma Proposta de Lei aprovada em Conselho de Ministros e em discussão na Assembleia da República.
A comunicação social e em particular a Rádio Marinhais tem vindo a ouvir os seis Presidentes de Junta do concelho - Fátima Gregório (Marinhais), João Oliveira (Glória do Ribatejo) e César Diogo (Muge), todos eleitos em listas do Partido Socialista e, ainda, João Nunes (Salvaterra de Magos), Rosa Nunes (Foros de Salvaterra) e Joaquim Ventura (Granho), estes últimos eleitos pelo BE. TODOS foram unânimes na rejeição do documento governamental que obrigaria a agregar as nossas freguesias, passando de um total de 6 para 3.

NOTÍCIA DISPONÍVEL

PODERÁ OUVIR AS ENTREVISTAS DAS DUAS PRESIDENTES DE JUNTA EM
(clicar em cima para ler melhor)

Voltaremos a este tema com mais informações e novos dados que demonstrarão a injustiça relativa de que o nosso Município está a ser alvo. 
Adiantamos desde já que o corte aritmético que o Governo prepara origina, por exemplo, que se o critério fosse o da escala/dimensão cada freguesia portuguesa teria, em média, 30 Km2 de área, já depois de reduzido o número de freguesias em 1.300 (corte de 30% de que o Governo fala). No nosso concelho, com 244 Km2, poderíamos ter 8 freguesias e não as 3 que nos querem impor. Ou seja, para o nosso concelho só poder ter 1/3 da média do País há outros concelhos que estão bem acima desta média, logo favorecidos em relação ao nosso.
Mas se o critério for o da dimensão populacional (e não territorial) temos 10,5 milhões de portugueses que divididos, depois da redução pretendida, por cerca de 3.000 freguesias (actualmente há 4.260 freguesias), cada uma teria em média 3.500 habitantes, se assim fosse o nosso concelho manteria as seis freguesias pois aqui habitam mais de 22.000 pessoas.
Se o critério fosse antes o da divisão equitativa do número de freguesias que se pretenda ter pelo número de municípios portugueses (308), poderíamos continuar com as seis freguesias que hoje temos. Manteríamos ainda todas as freguesias se em vez desta Proposta de Lei o Governo tivesse mantido a que inicialmente apresentou e discutiu por todo o País (Documento Verde)
Como é possível que os mesmos governantes considerem agora boa uma proposta que não tem em conta nenhum destes critérios?! É de facto lamentável!...

6 comentários:

  1. Vamos ver como vai reagir o povo a esta proposta de lei do governo, para já, não está a aceitar lá muito bem a ideia e noto que o sentimento é de descontentamento e de revolta. Será esta, a gota de água que vai fazer transbordar o copo. O povo começa a estar farto de imposições e de austeridade. Cá estarei para ver até que ponto os portugueses aguentam tantas injustiças. O governo em vez de se preocupar com o número de freguesias, deveria preocupar-se sim e de imediato, era com a corrupção a alto nível, com o policiamento do País, bem-estar dos idosos e não só, com o desemprego, com a economia, com a educação, com a saúde, com as pescas, com a agricultura e outros problemas mais importantes. Mas não, é mais fácil impor esta lei já remendada, feita em cima do joelho, do que estudar a maneira de resolver os sérios problemas que o País atravessa, para assim sairmos desta agonia. O que vai ser deste País à beira mar plantado e também de nós portugueses. Está na altura de reagirmos, senão, até a camisa nos levam.

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  2. Em post que publiquei oportunamente afirmei temer que esta proposta de lei servisse mais para revoltar as pessoas do que para as unir em torno do que é essencial, sobretudo porque vivemos momentos muito difíceis e não podemos retirar às pessoas o orgulho que sentiram e sentem em fazer parte de um grupo, de uma terra, de uma freguesia que, em muitos casos, ainda se lembram de ter ajudado a criar.
    Esta proposta de lei vai ainda apelar ao que de mais primário temos, vai contribuir para abrir hostilidades entre freguesias a agregar, vai desencadear rancores.
    E para quê? Financeiramente para nada. A inabilidade do Governo para gerir este tema é igual à incapacidade que demonstra para provar as vantagens. Lamentável de facto!

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  3. Muito bom artigo, concordo plenamente.

    Vamos demonstrar ao Governo que estes exemplos que o Eng. Esmémio aqui enumerou fazem sentido.

    Há municípios que necessitam de alguma reestruturação, mas no caso de Salvaterra de Magos, Almeirim, Coruche e Benavente, estão adequados às suas realidades e áreas, não carecem de qualquer alteração.

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  4. Vai acontecer o mesmo que nas extensões de saúde de Muge e Granho.
    Falam, falam, falam, e o resultado final é aquele que eles decidirem.
    O resto é propaganda... a várias cores.

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  5. É possível que suceda o que desde já prevê! O que não me parece justo é que considere "propaganda" a expressão dos pontos de vista que defendemos!
    Se nada disséssemos alguns diriam que estávamos calados porque concordávamos, se falamos...
    O resultado final será aquele que a maioria no Parlamento decidir, maioria que foi escolhida - concorde-se ou não - ainda há não muito tempo, pelo povo português que quis votar.
    Se acontecer o que antecipa é a democracia que perde, pois os cidadãos perdem serviços de proximidade, resta-nos tentar influir uma decisão, pelo menos até que ela esteja tonada.

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  6. Acho simpáticos os motivos evocados pela minha presidente.

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