É preciso (re)conhecer algumas das dimensões do Estado Social cujos resultados vão para além da burocracia, do laxismo, da inoperância e de muita outra adjectivação que começa a fazer-nos duvidar do mérito e da importância que ele pode assumir na nossa vida.
A esperança de vida à nascença passou dos 66,7 anos (em 1970) para 79,8 anos, quarenta anos depois. Em 2008 a esperança de vida em Portugal coincidia com a média da União Europeia (a 27 países) - 79,4 anos. Nos homens a esperança de vida e 76,7 anos, nas mulheres mais 6 anos (82,8 anos).
Apesar de em 20 anos a taxa de abandono precoce da escola ter diminuído para metade, o valor actual é ainda o dobro do que se verifica na União Europeia a 27 (14,1%).
No mesmo período a população portuguesa - com idade compreendida entre os 25 anos e os 64 anos - que completou pelo menos o ensino secundário evoluiu de 19,9% para 31,9% (em 2010). Na União Europeia esse valor é de 72,7%. Temos ainda um longo caminho a percorrer!...
O número dos alunos portugueses matriculados no ensino superior evoluíram de 83,7 mil (1981) para 396 mil, como indicado nos últimos Censos (2011).
Estes são só alguns dados estatísticos que nos devem fazer pensar. O modelo que a Europa tem seguido e que Portugal procurou acompanhar depois da adesão à CEE, conduziu-nos a performances muito positivas, principalmente no sector da saúde.
Temo bem que a falta de dinheiro para financiar este modelo - os nossos impostos não têm chegado, daí o aumento do défice público - acabe por fazer retroceder alguns dos resultados já alcançados!...
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