A manter-se a actual proposta de lei para a
reorganização do território das autarquias, o nosso concelho perde metade das
suas freguesias e será um dos mais afectados do País. O Governo afirmou querer
reduzir em cerca de 30% o número daquelas autarquias e, se assim fosse, nós
teríamos a possibilidade manter 4! Mas também no distrito de Santarém somos dos
mais penalizados.
Numa primeira leitura verificamos que se mantém municípios
(Alpiarça, Constância, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Sardoal e Vila Nova
da Barquinha) – um terço dos concelhos do
distrito - com menos habitantes do que as nossas
freguesias terão, se forem obrigadas a unir-se. É um contra-senso exigir a uma
freguesia condições mais exigentes do que a um município, quando todos/as são
classificados/as como espaço rural, baixa densidade populacional (nível 3).
Do quadro acima também retiramos que há concelhos
com 1/3 da nossa população que ficarão com mais freguesias que nós (Ferreira do
Zêzere, Mação, Vila Nova da Barquinha). Alcanena com pouco mais de metade da
nossa população e do nosso território ficará com mais do dobro das nossas
freguesias. Rio Maior com a mesma população e a mesma dimensão territorial que
o concelho de Salvaterra de Magos ficará com o triplo do número das nossas
freguesias.
São vários os exemplos que demonstram que a nossa
perda será superior à dos outros, o que não aconteceria se tivéssemos decidido
criar mais freguesias, como o Cocharro, a Várzea Fresca e o Escaroupim. É
irónico! Se o tivéssemos feito estaríamos na situação de hoje, perderíamos na
mesma 3 freguesias, mas no final ficávamos com 6.
Se nada se alterar vamos ser punidos por termos sido
cuidadosos, ao longo dos tempos, na criação de freguesias, não é de modo algum
justo!
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