Notícias como a que em seguida
reproduzimos dão-nos conta de quão pequeno é o “nosso Mundo”. Preocupados com o
dia-a-dia, envolvidos nos problemas quotidianos, centrados em nós próprios, não
conseguimos relativizar a ínfima dimensão que tudo isto tem.
O Universo vai muito para além do
mundo que conhecemos, aliás ele é absolutamente irrelevante no contexto
universal. A assumpção desta pequenez não torna a nossa vida mais fácil, mas
pode ajudar a não valorizarmos em excesso as contrariedades e contribuir para a
mudança de alguns comportamentos que põem em risco a sustentabilidade do nosso
planeta. Afinal somos nós que precisamos
da Terra para viver e não o contrário!
O Wide-Field Infrared Survey Explorer
(Wise), telescópio da agência espacial norte-americana Nasa, conseguiu captar
comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que
conseguissem observar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais
iluminados do Universo.
A expectativa dos
cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos
negros se formam.
Os astrónomos já
sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros no centro, que são
«alimentados» com gases, poeira e estrelas em seu redor. Às vezes, os buracos
negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas.
A forma como estrelas
e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua a ser um mistério para os
cientistas. A esperança é que os dados do telescópio Wise possibilitem novas
descobertas neste ramo.
O Wise tem capacidade
de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos
telescópios actuais, o que lhe permite fazer diversas descobertas inéditas na
ciência.
O telescópio ganhou a
fama de «caçador de buracos negros».
«Nós encurralamos os
buracos negros», diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um
dos autores dos três estudos que foram apresentados quarta-feira.
Stern e os seus
colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos
negros captados pelo Wise e apresentaram os dados num artigo que será publicado
na revista científica Astrophysical Journal.
Outros dois estudos
pormenorizam galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso,
que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para
essas galáxias é «hot dust-obscured galaxies», ou hot-Dogs («cachorro-quente»,
em inglês).
Mais de mil galáxias
já descobertas são mais de 100 vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea.
Os dados da missão
Wise estão a ser disponibilizados ao público, para que todos os cientistas
possam contribuir nas pesquisas espaciais.
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