sábado, 15 de setembro de 2012

UMA IMENSIDÃO QUE POUCOS IMAGINARÃO


Notícias como a que em seguida reproduzimos dão-nos conta de quão pequeno é o “nosso Mundo”. Preocupados com o dia-a-dia, envolvidos nos problemas quotidianos, centrados em nós próprios, não conseguimos relativizar a ínfima dimensão que tudo isto tem.
O Universo vai muito para além do mundo que conhecemos, aliás ele é absolutamente irrelevante no contexto universal. A assumpção desta pequenez não torna a nossa vida mais fácil, mas pode ajudar a não valorizarmos em excesso as contrariedades e contribuir para a mudança de alguns comportamentos que põem em risco a sustentabilidade do nosso planeta. Afinal somos nós que precisamos da Terra para viver e não o contrário!


O Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), telescópio da agência espacial norte-americana Nasa, conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que conseguissem observar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.
A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.
Os astrónomos já sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros no centro, que são «alimentados» com gases, poeira e estrelas em seu redor. Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas.
A forma como estrelas e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua a ser um mistério para os cientistas. A esperança é que os dados do telescópio Wise possibilitem novas descobertas neste ramo.
O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios actuais, o que lhe permite fazer diversas descobertas inéditas na ciência.
O telescópio ganhou a fama de «caçador de buracos negros».
«Nós encurralamos os buracos negros», diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram apresentados quarta-feira.
Stern e os seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram os dados num artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal.
Outros dois estudos pormenorizam galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é «hot dust-obscured galaxies», ou hot-Dogs («cachorro-quente», em inglês).
Mais de mil galáxias já descobertas são mais de 100 vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea.
Os dados da missão Wise estão a ser disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.

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