Um recente estudo, de que seguidamente damos notícia, estimou que o número de pinguins-imperador na Antárctida ultrapassa, ao contrário do que se pensava, o meio milhão de exemplares. O trabalho permitiu ainda localizar e identificar novas colónias de pinguins que se encontram figuradas no mapa seguinte.
O trabalho foi desenvolvido usando imagens de um satélite o que evitou que os cientistas tivessem de ir ao terreno, obviando aos inconvenientes de interagir com o habitat natural.
Através de imagens de satélite, uma equipa de cientistas vasculhou a paisagem gelada da Antártida em busca de colónias do pinguim-imperador. Ao todo contaram 44 colónias, incluindo sete totalmente desconhecidas.
Os biólogos utilizaram estes levantamentos aéreos para realizar uma estimativa mais precisa do número de pinguins-imperador (Aptenodytes fosteri) existentes em cada colónia sem ser necessário enfrentarem o clima inóspito do polo sul.
Anteriormente pensava-se que existiam cerca de 270 mil pinguins-imperador na Antártida. Com este novo estudo, os cientistas acreditam que existem cerca de 595 mil a habitar na região.
As colónias são facilmente distinguidas nas imagens graças à plumagem branca e preta dos pinguins que se destaca do extenso branco do gelo. Este é o primeiro censo exaustivo desta espécie realizado a partir do espaço, segundo indicou Peter Fretwell, principal autor do estudo.
Michelle LaRue da Universidade do Minnesota refere que este método de monitorização fornece “um grande passo para a Ecologia da Antártida. Podemos realizar pesquisas de forma segura e eficiente com pouco impacte ambiental”, explicou. “As implicações deste estudo são de longo alcance. Agora temos uma maneira custo-eficaz para aplicar os nossos métodos a outras espécies pouco conhecidas da Antártida."
Post Scriptum:
Pode consultar a publicação do estudo no endereço http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0033751
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