O
Jornal Ilustrado Português “A HORA” publica em Abril de 1939, sob a direcção de
Bandeira de Toro, um “Álbum” do Distrito de Santarém onde pudemos recolher o
artigo que seguidamente publicamos na íntegra.
A OBRA DA JUNTA DE FREGUESIA DE MUGE EM
1938
Nota
de alguns serviços realizados no ano de 1938
A sua simples enumeração é tão
eloquente, que nos abstemos de a adjectivar:
1) Organizou os cadernos de
Recenseamento dos pobres e dos indigentes da Freguesia, sendo respectivamente
98 e 33, estando lá estes 131 indivíduos dusfrutando. Desde Março de 1938, a
regalia que lhe concede o artº nº 133 do Código Administrativo;
(Recorte da responsabilidade do editor do blog, para se compreender o ponto anterior)
2) Procedeu à reparação do edifício da
Misericórdia, para instalação dos Serviços da Junta, passando a Secretaria a
abrir todos os dias úteis durante 3 horas;
3) Reparação geral das calçadas das ruas
da Vila de Muge;
4) Proibição de oleiros e outras pessoas
tirarem terras do Rossio, para assim pôr cobro a um abuso que transformou o
dito Rossio numa série de buracos, tendo-se ao mesmo tempo tomado medidas para
se irem, a pouco e pouco tapando os buracos;
5) Organização da escrita da Junta e do
Arquivo, sobretudo dos processos dos lotes apurados;
6) Organização das matrizes da Junta,
pois que dos terrenos apurados, há 40 anos, ainda a junta está pagando
contribuições como se fossem baldios e paga como já estando aforrados e paga
também dos que já foram remidos. E para isso foi feito um requerimento à
Repartição de Finanças, pedindo anulações, para que a Junta fique apenas
pagando o que deve;
7) Foram anulados os seguros da Escola
dos Marinhaes e Glória, que há muitos anos pertencem à Câmara; e também os da
Capela dos Marinhaes que pertencem à Junta daquela Freguesia;
8) Reparação geral, pintura e caiação da
Capela do Logar da Glória;
9) Apuramento de uma parte do logradouro
comum (lote 521), que estava indevidamente na posse de um dos proprietários seu
confinante, há mais de 30 anos, onde havia já casas construídas e habitavam 3
dos seus filhos;
10) Mandaram-se copiar várias plantas
parciais dos terrenos apurados, que não existiam na sede da Junta por se
encontrarem ainda providencialmente umas cópias em poder do agricultor, que
tinha feito os levantamentos;
11) Reparação de todos os candieiros da
iluminação pública, construção de novos gazometros automáticos para os
candieiros e nova instalação dando melhor luz e mais económicos;
12) Elaboração dos projectos, da
reparação da Igreja Matriz, no valor de 19.738$00; da reparação do caminho do
Forno de Tijolo em 18.376$00. Tendo sido pedida para estas obras a
comparticipação do Estado;
13) Um bodo aos pobres no dia de Natal,
todo em géneros, em número de 95 e na importância de 534$85;
14) Reparação nas ruas do Logar da
Glória, numa extensão de 487 metros e onde se empregaram 940 metros cúbicos de
terra em nivelamentos, e onde se gastaram 4.420$30;
15) Reorganização dos Serviços do
Cemitério.
Fiquei desta forma a saber a origem do "barrocos" do Rossio, onde tanto brincámos e na altura das cheias, quando o rio Mugem, voltava ao seu leito natural, andávamos ao peixe à mão.
ResponderEliminarHoje, está por lá uma Obra que esperemos desfrutem dela.
Veremos é o que acontece ao leito do Rio Mugem, que actualmente não existe e se é limpo até à sua confluência com o Rio Tejo, a nascente, de forma a que as aguas das marés possam aí entrar e transformá-lo em algo mais vivo, e não direi, tomar banho no Canto do grilo, como há 40 anos atrás, mas pelo menos a prática de pesca, seria uma mais valia, sem dúvida.
CARO AMIGO FOI O INVESTIMENTO QUE SE FEZ,DESPROPORCIONAL, NO CONCELHO E VAI SER O QUE SE VAI GASTAR EM ILUMINAÇÃO PARA O NADA.
Eliminar