Fizemos, enquanto vereadores e utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma intervenção na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em que denunciávamos o tratamento desigual que o nosso concelho está a receber por parte da administração regional de saúde, pois aqui cada médico tem, em média, 3.700 utentes a seu cargo, valor que é mais do dobro do que em média os demais médicos dos centros de saúde espalhados pelo País têm.
Estamos num concelho que está refém da incúria e do deixa-andar e isso vai acabar por originar vítimas! É para evitar a manutenção deste estado de coisas que pedimos a colaboração da comunicação social - de que a noticia abaixo é um exemplo - para nos ajudar a divulgar esta triste realidade.
Não se quer para o concelho de Salvaterra de Magos qualquer situação de privilégio, apenas que se dividam, de modo equitativo, os poucos médicos que estejam disponíveis para trabalhar nos centros de saúde do território nacional ou da região pelos utentes. Se isso suceder as coisas, no nosso concelho, só poderão melhorar!
NOTÍCIA DISPONÍVEL EM
Com apenas seis médicos de
família a prestar serviço em todas as unidades de saúde do concelho, Salvaterra
de Magos apresenta actualmente um rácio de um clínico por cada 3.700
habitantes, sensivelmente o dobro da média do Ribatejo.
O alerta foi dado na última
reunião pública da Câmara Municipal de Salvaterra pelos vereadores do PS, para
quem o concelho “caminha, se nada for feito entretanto, para uma situação de
calamidade social” a nível da prestação de cuidados de saúde.
Segundo Hélder Esménio e João
Manuel Simões, actualmente há um médico em Marinhais e outro na Glória do
Ribatejo, dois em Salvaterra de Magos, um nos Foros de Salvaterra e outro que é
partilhado entre estas duas últimas freguesias. Resta um profissional, que está
actualmente de baixa.
No quadro negro que deixaram da
saúde no concelho, os eleitos do PS sublinharam ainda que três freguesias –
Granho, Muge e Glória, que somam mais de 5.000 habitantes – são servidas apenas
por um clínico, uma vez que o segundo se encontra de baixa, e que a reforma
eminente dos dois profissionais de Foros de Salvaterra deixará quase 5.000
munícipes sem médico de família.
A rescisão do contrato por
parte de um dos dois médicos que prestava serviço em Marinhais (a freguesia
mais populosa do concelho), deixou 6.000 utentes desacompanhados, uma realidade
agravada pelo facto do próprio Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lezíria
II já ter transmitido à Junta de Freguesia local que terá bastantes
dificuldades em preencher a vaga.
“Estamos disponíveis para
partilhar sacrifícios, mas não para ser discriminados pelo Serviço Nacional de
Saúde”, salientaram os vereadores socialistas, para quem “não há equidade de
tratamento entre cidadãos do mesmo país”.
“Os cidadãos deste concelho têm
de ser tratados com a mesma dignidade que todos os outros”, salientaram Hélder
Esménio e João Manuel Simões, sublinhando que Salvaterra de Magos tem também
inúmeros problemas ao nível do desemprego e do envelhecimento da população,
franjas que não têm disponibilidade financeira para recorrer à medicina privada
ou ao hospital de Santarém quando não têm alternativas mais próximas de casa.
Já agora, aquando da divulgação da falta de médicos no nosso concelho, solicito que seja também divulgada a atitude que se tem verificado em Marinhais de que supostamente existem 6 consultas semanais para os utentes da lista sem médico, mas nas últimas semanas não se têm realizado...ou seja, os utentes da lista sem médico são aconselhadas a continuar à espera de uma consulta (tipo à espera que apareça o D. Sebastião) ou então a agendar uma consulta pela internet, sendo que pela internet as marcações ficam agendadas para Dezembro/Janeiro e estamos em Setembro..., eu diria que quem pode esperar 3 a 4 meses por uma consulta é porque não está doente e a precisar realmente de ser consultado pelo suposto substituto do médico de família que parece pouco lhe apetecer consultar os utentes que se vêm se médico de família...
ResponderEliminarTalvez se a SIC ou a TVI fossem chamadas, o problema fosse resolvido logo no dia seguinte.
Peço desculpa mas não publico um comentário anónimo recebido que se insurge e critica em termos que considero pouco correctos, um dos poucos profissionais de medicina que ainda se mantém no SNS.
ResponderEliminarNão me parece que a melhor estratégia seja agredir quem está mas antes pedir/exigir que outros sejam colocados para preencher vagas em falta.