Galileo
Galilei (1564/1642)
“A lei da inércia, formulada em 1609 por G.
Galilei,
diz que todo o corpo permanece em estado
de
repouso ou de movimento rectilíneo e
uniforme
enquanto nenhuma força externa actue
sobre ele.”
Ainda
que por vezes se confunda o conceito de inércia com o de imobilismo, não é
certo que assim seja em todas as situações. Há momentos na vida das pessoas e
das organizações em que a “simples” conservação do movimento, mantendo acções e
iniciativas anteriores, cuidando do dia-a-dia, cumpre, a contento, as
expectativas.
O
que não é desejável é que aproveitando-se dessa propriedade [inércia] os
que foram escolhidos, num dado momento, para “conduzir” os destinos das
instituições prefiram ausentar-se, desistir de tentar e acabem a arrastar-se
sem ideias e sem projectos.
O
que é preocupante é que esse estado [laxista] se eternize no tempo!
É
impossível, como a recente crise bem evidencia, haver um crescimento económico
contínuo. A seguir a um período de maior euforia seguir-se-á um período de
contenção ou de retracção.
O
mérito de qualquer dirigente (político ou não) é aperceber-se desses pontos de
inflexão, atenuar efeitos e aproveitar essas circunstâncias para preparar a organização – com
estratégias, estudos e procedimentos – para
ser das melhores a resistir e das primeiros a reagir.
As
taxas de desemprego, a ausência de áreas industriais adequadamente localizadas,
a falta de empresas, entre outros indicadores (baixo poder de compra,
envelhecimento galopante da população, diminutas receitas próprias) demonstram
que o Município de Salvaterra de Magos não foi preparado para resistir às
contrariedades do presente, mas seguramente mais importante é questionar se
estará a sê-lo, agora, para o futuro?!...
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