A surpresa
deste sistema, em desenvolvimento, prende-se no essencial com a enorme
capacidade de produção de energia a preços que ficarão bem aquém dos que hoje
se praticam. Esta evolução poderá permitir, a prazo, a substituição da
utilização dos combustíveis fósseis por tecnologia ambientalmente segura e
sustentável, com baixa penalização financeira para os consumidores. Os
cientistas prosseguem “o caminho”, vamos ver quando será possível a indústria
abraçar de modo decidido esta alteração de paradigma.
O Sistema de Alta
Concentração Fotovoltaica e Térmica (HCPVT) está a ser desenvolvido em Zurique,
na Suíça, com entidades locais, mas poderá vir a ser construído em qualquer
lugar do planeta, para oferecer energia sustentável, água potável e ar fresco,
a um custo três vezes menor do que os sistemas atuais, assegura a empresa.
O protótipo do HCPVT
utiliza um grande dispositivo parabólico, composto por múltiplos espelhos, que
consegue posicionar-se mediante o melhor ângulo de acordo com a posição do sol.
Uma vez alinhado, os raios
do sol refletem nos espelhos para vários recetores, conseguindo converter
200-250 watts de energia, em média, ao longo de um dia típico de oito horas
numa região que habitualmente receba sol.
O projeto a três anos terá
um custo total de 2,4 milhões de dólares, valor este que foi concedido pela
Comissão para a Tecnologia e Inovação, na Suíça, a uma equipa de investigação
composta por cientistas da IBM Research, do fornecedor de tecnologia solar
Airlight Energy, da ETH Zurich e do Instituto de Micro e Nanotecnologia (MNT).
Segundo um estudo
realizado pela European Solar Thermal Electricity Association (ESTELA) e pela
Greenpeace Internacional, seriam necessários apenas 2% da área total do deserto
do Saara para fornecer a eletricidade necessária ao mundo inteiro, mas as
tecnologias atualmente existentes no mercado são ainda demasiado caras e lentas
para o conseguirem.
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