Todos os dias há progressos a registar
no estudo do Universo que nos alberga. O desenvolvimento técnico e tecnológico
disponibilizam-nos ferramentas que nunca antes tivemos e são elas que estão a
potenciar as “descobertas”, de que a notícia abaixo é apenas mais um
(importante) exemplo.
O observatório espacial Herschel da ESA
(Agência Espacial Europeia) anunciou esta quarta-feira a descoberta de uma
galáxia com uma capacidade de criação de estrelas duas mil vezes mais rápida do
que a Via Láctea.
Via Láctea
No comunicado divulgado no site da ESA pode
ler-se que «a galáxia [fica] muito distante, tornando as estrelas duas mil
vezes mais rápidas do que a nossa própria Via Láctea".
«Visto que no momento o Universo tem menos de
mil milhões de anos de idade, a sua mera existência desafia as teorias da
evolução galáxia», acrescenta o comunicado.
Através de observações obtidas pela câmara
SPIRE Observatório Herschel da Agência Espacial Europeia, e no âmbito do
projeto Herschel Pesquisa Extragalática Multicamadas (Hermes), os pesquisadores
detetaram uma mancha vermelha que despertou curiosidade.
Seguiram-se observações posteriores, com
alguns dos maiores telescópios do mundo, incluindo o GTC e o William Herschel,
ambos localizados no Observatório del Roque de los Muchachos do Instituto da
Astrofísica das Canárias.
Os cientistas chegaram à conclusão de que
HFLS3 Galaxy (nome dado a esta galáxia) é uma grande fábrica de construção de
estrelas, que transforma gás e poeira cósmica em novos corpos.
Outro facto importante neste estudo é que é a
galáxia viajou quase 13 mil milhões anos através do espaço antes de chegar até
nós.
«Olhando para os primeiros exemplos destas enormes fábricas de estrelas é como procurar uma agulha num palheiro, o conjunto de dados de Herschel é extremamente rico», diz Dominik Riechers de Cornell University, que liderou a investigação.
«Olhando para os primeiros exemplos destas enormes fábricas de estrelas é como procurar uma agulha num palheiro, o conjunto de dados de Herschel é extremamente rico», diz Dominik Riechers de Cornell University, que liderou a investigação.
Goran Pilbratt, cientista do projeto, também
sublinha a importância desta descoberta. «Isso sublinha o caráter pioneiro de
Herschel e sua capacidade de revelar um universo previamente escondida,
melhorando nossa compreensão de como formar galáxias.»
A equipa, composta por 64 astrónomos e 32
centros, chegou à conclusão que rapidamente se vai tornar numa galáxia de massa
similar às mais conhecidas hoje.
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