sábado, 10 de dezembro de 2011

DESPESA PÚBLICA - SAÚDE


Com base nos elementos disponibilizados pela PORDATA (base de dados criada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos) vamos hoje evidenciar a evolução que a saúde tem tido em Portugal, em resultado da implementação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Esperança de vida à nascença (anos)

Anos

Sexo

TOTAL

Masculino

Feminino

1970

67,1

64,0

70,3

1980

71,1

67,8

74,8

1990

74,1

70,6

77,5

2000

76,4

72,9

79,9

2009

79,2

76,1

82,1

Em 40 anos a esperança de vida no nosso País evoluiu dos 67 anos para os 79 anos, valor que está na média da União Europeia a 27 países.
Temos, 30 anos depois, 1/10 dos óbitos infantis que se registavam em Portugal. Estes dados simples só podem orgulhar-nos colectivamente, na medida em que construímos um serviço público que permitiu esta significativa melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sensivelmente no mesmo período – de 1985 para cá – o número de consultas, por ano, nos centros de saúde passou de 17,6 milhões para 27,2 milhões, os internamentos no ano evoluíram de 660 mil para 910 mil e o número de urgências de 5,9 milhões para 10,2 milhões.
Nos últimos 20 anos o número de receitas médicas mais do que duplicou, passaram de 28 para 62 milhões, enquanto as embalagens de medicamentos aumentaram de 70 para 137 milhões. Os custos desta medicação, suportados pelo SNS, cresceram 5 vezes, passando de 306 milhões para 1.559 milhões de euros por ano.
Importa por fim reter que em 1980 a despesa com o SNS era de 0,2 mil milhões de euros, uma década depois já era 8 vezes superior e em 2010 atingiu os 10,2 mil milhões de euros, 40% dos quais despesa com pessoal.
Vamos ver o que o futuro nos reserva! Esperemos que pelo menos seja possível garantir, ainda que com contenção de verbas, os resultados alcançados até agora!

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