USAR E DEITAR FORA…

Preferia que esta opinião que hoje expresso fosse vista mais como a assumpção de um compromisso pessoal e político do que como uma crítica seja a quem for, até porque nós só conseguimos influir no presente e alterar o futuro.

Não defendo, como na última década e meia tem sido prática corrente no nosso Município, a sistemática substituição dos colaboradores directos, sejam eles adjuntos (que vão deixar de existir), chefes de gabinetes ou até de autarcas com maiores responsabilidades (vereadores). Estes também não têm conseguido resistir e vão sendo sempre substituídos por outros que acabam do mesmo modo!...

Irónico, ou talvez não, é o facto de dois destes “descartados” BE regressarem agora, como adversários, e como candidatos a Presidentes da Junta de Freguesia de Marinhais.

Para evitar este tipo de situações e a perda de informação e de conhecimentos que entretanto são adquiridos com o exercício de funções autárquicas, o esforço deve ser colocado na fase de “recrutamento” e não na roda-viva que é a substituição de uns por outros.

O temor de perder um qualquer lugar obtido por designação torna os colaboradores temerosos – até pelo que vai sucedendo aos outros - e obedientes, mas não os “liberta”, nem os incentiva, para ousar, pensar, propor e fazer.

A área de recrutamento é também cada vez mais estreita, pois muitos - talvez dos mais capazes - não aceitam integrar um projecto que tem esta volatilidade de recursos humanos. Um líder tem de saber gerir e lidar com as pessoas. Um líder integra a equipa, não está acima dela.